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Sputnik V chega em uma semana ao Brasil e será usada no Nordeste

Lote com 1,1 milhão de doses será aplicado em algumas regiões com restrições e controle epidemiológico

atualizado

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Divulgação/Davi Rosa
IFA da Sputnik V produzido no Brasil
1 de 1 IFA da Sputnik V produzido no Brasil - Foto: Divulgação/Davi Rosa

Em uma semana deverão desembarcar em Recife 1,1 milhão de doses da vacina russa contra a Covid-19, a Sputnik V. Da capital pernambucana, as vacinas serão distribuídas para os demais estados do Consórcio Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe), autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a importar os antígenos.

Um outro lote, com aproximadamente 600 mil doses, será encaminhado para estados do Norte, ainda sem prazo determinado para chegar.

Após chegar ao Brasil, a vacina russa deve passar por análise preliminar no Instituto Nacional de Controle de Qualidade, ligado à Fiocruz. Integrantes do Consórcio acreditam que essa análise ocorra em uma semana.

Em junho, a Anvisa aprovou os pedidos de autorização excepcional e temporária para a importação das vacinas Covaxin e Sputnik V.

Os importadores das vacinas devem assumir todas as responsabilidades pelo uso do fármaco, uma vez que a Anvisa não concedeu registro de uso emergencial ou definitivo dos imunizantes.

Na reunião da Anvisa que autorizou a importação excepcional, o presidente da agência, Antônio Barra Torres, frisou que, apesar das incertezas pontuadas pelas áreas técnicas, a utilização das vacinas pode ser benéfica ao Brasil durante o momento crítico em que o país se encontra. Barra Torres também pontuou que todas as condicionantes exigidas pelas áreas técnicas da Anvisa devem ser seguidas.

“Os benefícios podem superar os riscos na tomada de decisão e seguem no sentido de se aceitar a proposta do relator de aceitar as solicitações de importação excepcional”, disse ele na ocasião.

O uso da Sputnik vai permitir a imunização em massa de ao menos uma cidade: Sousa, na Paraíba, com 69 mil habitantes. A experiência será semelhante à que ocorreu ocorreu em Botucatu e Serrana, em São Paulo, com aplicação da Coronavac.

Produção nacional

No Brasil, a farmacêutica União Química já terminou um lote inicial com 100 mil doses, com qualidade atestada pela Rússia, com insumo farmacêutico ativo (IFA) produzido em uma fábrica no Distrito Federal. O processo de transferência de tecnologia começou no último trimestre de 2020 e terminou em abril deste ano.

Se o processo de fabricação nacional for autorizado pela Anvisa, a farmacêutica diz poder liberar 8 milhões de doses por mês. A União Química, que fez um investimento de R$ 300 milhões no imunizante russo, pretende, em 30 dias, pedir pela primeira vez o registro definitivo da vacina.

O ex-governador do DF Rogério Rosso é o diretor de negócios internacionais da empresa.

De acordo com os desenvolvedores, 68 países já aprovaram a Sputnik V, mas nem todos iniciaram a aplicação. Um dos países que usou a vacina foi a Argentina.

Um estudo do Ministério da Saúde argentina sobre a segurança e a eficácia da vacina russa apontou efetividade de 79% entre os que tomaram apenas uma dose e proteção de 86% para casos graves entre os que tomaram as duas doses. Os dados estão passando pela revisão de pares e, se aprovados, serão publicados na revista científica The Lancet nas próximas semanas.

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