SP vai contatar passageiros de voo com suspeita de cepa indiana
Homem que viajou da Índia para o Brasil testou positivo para coronavírus; prefeitura recomenda que viajantes façam testes
atualizado
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São Paulo – A Prefeitura de São Paulo pretende entrar em contato com os passageiros do voo no qual esteve o brasileiro com suspeita de contaminação pela cepa indiana do coronavírus, a B.1.617.
Em entrevista nesta terça-feira (25/5) à Rádio Bandeirantes, o secretário municipal de Saúde de SP, Edson Aparecido, afirmou que todos serão recomendados a fazer o teste. A variante da Índia é considerada mais grave e letal.
O homem, que não teve sua identidade revelada, mora em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro. Ele voltou da Índia no último sábado (15/5), onde ficou dois meses, e fez escala no aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo. Já em solo brasileiro, testou positivo para Covid-19.
O brasileiro estava a bordo de um voo da Qatar Airways, com 320 passageiros, e circulou pelo aeroporto paulista antes de seguir para o Rio de Janeiro.
O resultado do exame que irá comprovar se a cepa do infectado é a indiana sairá nos próximos 15 dias. Outros dois homens estavam com ele no voo, mas ambos testaram negativo para a doença.
Triagem de passageiros do Maranhão
Além dessas recomendações, a cidade de São Paulo iniciou, nesta terça, a triagem de passageiros que chegam do Maranhão pelas rodovias ou rodoviárias. A cepa indiana foi identificada primeiramente no estado do Nordeste.
Os esforços são divididos entre o município, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), com apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o estado de São Paulo e a cidade de Guarulhos.
Entre as medidas, está a aferição de temperatura no Terminal Rodoviário do Tietê, na zona norte de São Paulo, de passageiros sintomáticos vindos do Maranhão, das 8h às 15h. Em caso de sintomas, receberão tratamento e poderão até ser isolados em um hotel com 30 vagas instalado próximo à rodoviária.
Nos painéis digitais instalados nas vias, serão divulgados materiais informativos de prevenção e cuidados, entre outras ações.
A capital paulista identificou, até o momento, duas variantes: a P.1 – Manaus e B.1.1.7 – Reino Unido.
Na tarde desta terça, as duas cidades do interior de São Paulo confirmaram as primeiras infecções por uma nova variante, a P4. A origem ainda é desconhecida, mas ela foi identificada primeiramente em Mococa e tem alta circulação em Porto Ferreira.