SP recebe uma denúncia de violência contra mulher a cada 16 minutos
Delegacia on-line bateu recorde de denúncias em março deste ano; pelo canal 181, houve aumento de 555% das denúncias durante a pandemia
atualizado
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São Paulo – O aumento da violência contra a mulher durante a pandemia no estado de São Paulo fez as denúncias on-line dispararem. Segundo dados da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP), o estado registrou 2.828 denúncias feitas pela internet em março, um recorde.
Em média, uma mulher denunciou violência a cada 16 minutos no estado de São Paulo. O serviço on-line começou a operar em março de 2020, no início da pandemia.
Por telefone, as denúncias também aumentaram. Em 2019, o canal 181 recebeu 31 denúncias de violência contra a mulher e 84 de violência doméstica. Em 2020, o mesmo canal ouviu 203 denúncias de violência contra a mulher e 298 de violência doméstica, um aumento de 555% e 255%, respectivamente.
Patrulha Maria da Penha
Com o aumento da demanda, a Polícia Militar de SP inicia, nesta semana, a Patrulha Maria da Penha. A iniciativa é uma ação da SSP que integra as polícias Militar e Civil para atendimento de vítimas que possuem medida protetiva.
A Patrulha conta com dois policiais, sendo um deles mulher, assistente social e psicólogo; e o objetivo é apoiar a vítima e garantir o afastamento do agressor.
As mulheres vítimas também estão sendo orientadas a utilizar um aplicativo, o SOS Mulher, que possui um botão de pânico.
Em caso de emergência, com apenas um toque no celular, sem necessidade de chamada telefônica, a mulher avisa a polícia de que a mulher está sendo ameaçada.
O que pode ser denunciado pela delegacia eletrônica
- Violência física, como agressão e feminicídio
- Violência psicológica, como ameaça de agressão, ameaça de morte, perseguição, publicação de fotos e vídeos íntimos
- Violência sexual, como assédio e importunação
- Violência patrimonial, como posse e confisco de bens, dano, furto
- Violência moral, como injúria, calúnia e difamação
O que não pode ser denunciado pela Internet
- Estupro. Neste caso, a mulher deve se dirigir a uma Delegacia da Mulher