SP: prefeito diz que ainda não é o momento para ter Carnaval de rua
Segundo o prefeito de São Paulo, não é possível viabilizar segurança para a festa em curto período de tempo; blocos de Carnaval protestam
atualizado
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São Paulo – O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), voltou a defender o cancelamento do Carnaval de rua da cidade no feriado de Tiradentes, em 21 de abril. Nunes afirmou, nesta segunda- feira (11/04), que o evento de rua só vai voltar a acontecer quando as pessoas puderem ter segurança.
“O momento certo é o momento onde as pessoas possam ter segurança de ir para a rua, não vai ser abril, maio, junho, julho ou qualquer mês. A definição da Prefeitura de São Paulo sobre o momento correto é o momento em que se possa gerar segurança”, disse o prefeito.
No começo de abril, Nunes chegou a dizer que os desfiles de rua poderiam acontecer desde que os organizadores assumissem as responsabilidades pelo evento. Agora, segundo o prefeito, a realização do Carnaval de rua é inviável pelo curto prazo de tempo.
“A Polícia Militar nos diz que agora para abril eles não têm condição de fazer a remoção, ou melhor, a transferência das centenas e milhares de policiais do interior, como sempre acontece aqui nos grandes eventos, porque eles precisam de mais de 30 dias para organizar. Nós não conseguimos lançar o edital para poder ter patrocínio, para poder colocar as grades, tendas para médicos, ambulâncias, como sempre a gente faz”, afirmou.
De acordo com Nunes, apesar de a prefeitura ter lançado o edital formalizando a intenção de trazer os bloquinhos às ruas, a segurança ainda não pode ser garantida em um evento com milhares de pessoas.
Blocos preferem o feriado de Tiradentes
As entidades que representam os blocos de rua paulistano divulgaram um comunicado na semana passada a favor de dos blocos nas ruas no feriado de Tiradentes.
Na carta assinada pela Associação de Bandas Carnavalescas de São Paulo (Abasp), Arrastão dos Blocos, Comissão Feminina, Fórum dos Blocos, União dos Blocos de Carnaval de Rua do Estado de São Paulo (UBCRESP) e Ocupa SP, o grupo afirma que “não há motivos” para proibição dos eventos.
“Não podemos aceitar qualquer violência contra o carnaval. Não podemos aceitar ameaças, censuras, punições ou castrações – físicas ou jurídicas – contra aquilo que é nosso por direito: bater nossos tambores em praça pública”, diz o comunicado.