SP: polícia ouve mais de 20 pessoas sobre tortura a bebês em escola
Vídeo que mostra bebês amarrados foi enviado para perícia. Outros pais se voluntariaram para prestar depoimento
atualizado
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São Paulo – Mais de 20 pessoas já foram ouvidas pela polícia na investigação de maus-tratos por parte da escola infantil Colmeia Mágica, na zona leste de São Paulo. O vídeo feito por uma funcionária com a denúncia foi enviado para perícia.
A diretora e proprietária da escola, Roberta Regina Rossi Serme, 40 anos, afirmou em depoimento, segundo o G1, que as imagens que mostram as crianças amarradas foram gravadas no banheiro ao lado de sua sala, mas nega ter amarrado ou dado ordens para isso.
O Metrópoles apurou que em uma reunião que a diretora convocou com os pais, ela afirmou que o caso é armação de uma funcionária. Segundo ela, essa servidora quis se vingar porque tinha pedido aumento, que foi negado.
De acordo com a Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco) da 8ª Delegacia Seccional, que investiga o caso, outros pais se candidataram voluntariamente para prestar depoimentos. A polícia se organiza para ouvi-los nos próximos dias.
A escola é acusada por periclitação de vida, que é colocar a vida e saúde em risco, submissão a vexame ou constrangimento e tortura.
Confira o vídeo (cenas fortes):
Denúncia
Na última quinta-feira (10/3), a escola Colmeia Mágica, que atende crianças de 1 a 6 anos, foi denunciada. De acordo com a polícia, a escola já havia sido investigada por maus-tratos a um aluno há cerca de dois anos. Em 2010, uma aluna morreu em um hospital após passar mal dentro da unidade.