SP: petista que matou bolsonarista morava há 5 anos com a vítima
Luiz Antônio Ferreira da Silva, 42 anos, disse ter se desentendido com o amigo, apoiador de Jair Bolsonaro (PL), enquanto almoçavam
atualizado
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O eleitor de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que confessou ter matado o amigo a facadas após uma discussão sobre política morava com a vítima há cinco anos em Itanhaém, litoral de São Paulo. O caso aconteceu na terça-feira (4/10).
Em depoimento à Polícia Civil, o eletricista Luiz Antônio Ferreira da Silva, 42 anos, disse ter se desentendido com o amigo, o apoiador de Jair Bolsonaro (PL) José Roberto Gomes Mendes, 51, enquanto almoçavam. Ele diz ter agido em legítima defesa.
Luiz Antônio relatou, ainda, ter tentado pedir socorro para salvar o amigo. Ele teria encontrado o tio de José Roberto, que também morava na residência e havia ido comprar comida, do lado de fora do local.
Os dois moravam juntos há 5 anos. O tio, que acionou os policiais e a ambulância, também foi ouvido. Segundo ele, a dupla não tinha o costume de brigar.
Entenda
A discussão política entre Luiz Antônio e José Roberto teve um fim trágico. O estopim da briga, segundo depoimento, foi a frase: “Todo petista é ladrão”, dita pelo apoiador de Bolsonaro. Luiz Antônio respondeu: “Você está comendo a comida que o petista comprou”.
José Roberto teria se levantado da mesa para atirar uma panela e um rádio na sua direção, segundo a versão contada pelo petista em depoimento. Em seguida, disse à polícia ter retirado uma faca das mãos do José Roberto e a usado para golpeá-lo enquanto estavam em luta corporal. Segundo o inquérito, havia ao menos oito perfurações visíveis no corpo da vítima, no rosto, costas e pescoço.
Pela motivação e a quantidade de facadas, a Polícia Civil entendeu não se tratar de um caso de legítima defesa. O suspeito foi preso em flagrante e aguarda a audiência de custódia.