metropoles.com

SP: juiz barra implementar sistema cívico-militar em escola estadual

Decisão vale para uma escola de São José do Rio Preto. Juiz considerou sistema cívico-militar inconstitucional e ideológico

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Michael Melo/Metrópoles
imagem colorida mostra adolescentes em escola usando uniforme em frente a militar da PM, que usa farda
1 de 1 imagem colorida mostra adolescentes em escola usando uniforme em frente a militar da PM, que usa farda - Foto: Michael Melo/Metrópoles

São Paulo – A Justiça proibiu a implementação do sistema cívico-militar em uma escola estadual de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo. A decisão foi tomada na última quinta-feira (9/6) pelo juiz José Eduardo Cordeiro Rocha, da 14ª Vara de Fazenda Pública da capital.

A ação foi ajuizada pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). Cabe recurso ao Tribunal de Justiça (TJSP).

Para o juiz, o sistema cívico-militar tem caráter “nitidamente ideológico” amparado em “hierarquia e disciplina comportamental rígidas típicas da organização militar”, o que contraria as regras constitucionais sobre o ensino “lastreado na liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento com respeito ao pluralismo de ideias e concepções pedagógicas”.

Por isso, suspendeu a medida na Escola Estado Profª Noêmia Bueno do Valle. Além disso, o magistrado destacou que o Programa Escola Cívico Militar (PECIM) foi instituído por meio do Decreto 10.004/2019, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que configurou uma “usurpação da competência do legislativo federal para legislar sobre princípios e diretrizes educacionais”, por isso é inconstitucional.

O juiz deferiu tutela de urgência para impedir a implementação do sistema na escola, e notificou o governo do estado para se manifestar. Segundo ele, a situação “merece apreciação mais detida” que será feita após a contestação, mas a decisão urgente era necessária porque há o “risco de desvirtuamento das diretrizes básicas da educação como previstas em nossa Constituição Federal”.

A Apeoesp argumentou, na ação, que o governo estadual está tentando implantar o PECIM na escola estadual de maneira inconstitucional, porque a medida “imprime caráter ideológico às escolas públicas” e não houve consulta prévia aos Conselhos Estadual e Nacional de Educação.

Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?