SP estuda desobrigar máscaras em dezembro se indicadores melhorarem
Comitê Científico estabeleceu como meta 75% da população com esquema vacinal completo e redução nas taxas de óbitos, casos e internações
atualizado
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São Paulo – O governo de São Paulo poderá liberar o uso de máscaras em ambientes abertos e sem aglomeração a partir de dezembro, caso atinja 75% da população com esquema completo de vacinação contra a Covid-19 e os níveis de internação, casos e óbitos continuem caindo.
A informação foi dada nesta quarta (3/11) pelo médico João Gabbardo, coordenador do Comitê Científico que auxilia o governo paulista nas decisões relacionadas à pandemia. Ele diz que o grupo monitora os indicadores, e que, se seguirem no ritmo atual, as metas para a flexibilização no uso da proteção facial devem ser atingidas na última semana de novembro.
O estado só vai flexibilizar o uso de máscaras caso, além da meta de vacinação, atinja menos de 1.100 casos novos por dia – esta meta já foi atingida, pois a média móvel atual é de 800 novos casos diários. A segunda, é de se manter abaixo de 300 internações diárias (atualmente, a média é de 400), e ter menos de 50 óbitos por dia – hoje, são em média 63 mortes a cada dia.
Gabbardo reforçou que, “neste momento, ainda não é seguro e adequado a transição do uso das máscaras”, pois o estado passa por sua maior flexibilização desde o início da pandemia. Desde segunda-feira (1/11), não há mais limitação de ocupação em nenhum lugar, incluindo escolas, shows, estádios e festas, e nem obrigação de distanciamento mínimo.
“Esperamos observar melhor essas questões antes de liberar as máscaras. Esses indicadores vão mostrar a circulação de vírus. Monitoraremos o número de pessoas que apresentam a doença em sua forma grave, que necessitam de internação hospitalar, e a cobertura vacinal. Quando atingirmos os quatro indicadores, o Comitê Científico encaminhará ao governo do estado a possibilidade de retirar o uso de máscaras em ambientes abertos e sem aglomeração”, afirmou.
Hoje, São Paulo tem 68,5% de toda a população com cobertura vacinal completa – duas doses ou vacina de dose única.