SP: donas e auxiliar de escola infantil são indiciadas por maus-tratos
Indiciamento também foi por tortura, associação criminosa, perigo de vida e constrangimento contra os alunos da Escola Colmeia Mágica
atualizado
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São Paulo – Roberta e Fernanda Serme, donas da Escola de Educação Infantil Colmeia Mágica, que é investigada por maus-tratos e tortura, e Solange Hernandez, auxiliar de limpeza do local, foram indiciadas pela Polícia Civil de São Paulo.
Elas foram responsabilizadas criminalmente por maus-tratos, tortura, associação criminosa, perigo de vida e constrangimento, segundo informações do G1.
Apesar do indiciamento, a investigação da polícia ainda segue em andamento, porque ainda não foram concluídos laudos periciais complementares.
Após a conclusão do inquérito, o caso será encaminhado ao Ministério Público (MP) que decide se as acusa ou não pelos crimes. Só então a Justiça avaliará se aceita a denúncia da Promotoria. Caso isso ocorra, as investigadas se tornam rés.
Roberta está foragida desde 22/3, quando a polícia tentou pela primeira vez prendê-la. Sua prisão preventiva foi decretada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo em 21/3.
André Dias, advogado de Roberta e Fernanda Serme, afirmou ao Metrópoles que não se pronunciará neste momento sobre o indiciamento. A defesa da auxiliar de limpeza Solange da Silva Hernandez não foi encontrada até o momento.
Denúncias
A Colmeia Mágica, que atendia de bebês a crianças de até 5 anos, é investigada, desde 10/3, pelos crimes de tortura, maus-tratos, periclitação de vida, que é colocar a saúde das crianças em risco, e submissão delas a vexame ou constrangimento.
Gravações que circulam nas redes sociais mostram crianças chorando e com os braços amarrados por panos. Os alunos também aparecem recebendo alimentação em um banheiro.
Veja um dos vídeos feitos na escola:
Em nota divulgada em 16/3, Roberta e Fernanda Serme, diretora e vice-diretora da instituição, afirmaram que as denúncias de pais de alunos e professores são “incabíveis, inverídicas e aterrorizantes”.
As representantes da entidade alegaram ainda que estavam sendo acusadas “cruel e injustamente”, sem comprovação confiável.