SP decreta toque de recolher entre 23h e 5h para conter pandemia
Com leitos lotados, estado anuncia restrição de circulação das pessoas para evitar avanço do novo coronavírus
atualizado
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São Paulo – Com o agravamento da pandemia, o estado de São Paulo decidiu restringir a circulação de pessoas entre 23h e 5h. As novas medidas entram em vigor na sexta-feira (26/2) e vão até 14 de março. O anúncio foi feito pelo governador João Doria, com base em recomendações feitas pelo Centro de Contingência, após o estado bater recorde de pacientes com Covid-19 internados em leitos de unidade de terapia intensiva (UTI).
A Vigilância Sanitária, a Polícia Militar e o Procon serão responsáveis por fazer a fiscalização. O coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus em SP, médico Paulo Menezes, esclarece que o toque de restrição tem objetivo de evitar aglomerações. “Mesmo em reuniões que parecem inofensivas – de 10, 15 pessoas – que vão até mais tarde, ocorre grande transmissão do vírus”, afirma.
O profissional da Saúde pede colaboração da população e recomenda que qualquer irregularidade seja denunciada por meio do telefone 0800 771 3451.
De acordo com o governo do estado, o número de pacientes em situação grave chegou a 6.410 na segunda-feira (22/2). O pico anterior havia sido registrado em julho de 2020, com 6.257 hospitalizados em UTIs. As taxas de ocupação dos leitos de UTI na segunda era de 67,8% na Grande São Paulo e 67,9% no estado.
Alguns municípios já haviam se adiantado e aumentaram o rigor na quarentena. Araraquara, por exemplo, prorrogou até as 6h de sábado (27/2) as medidas mais restritivas de isolamento social, para contenção da transmissão do coronavírus e da nova cepa.
São Bernardo do Campo anunciou, nessa segunda, que haverá toque de recolher na cidade a partir de sábado (27/2), entre 22h e 5h. Além disso, o retorno das aulas, que ocorreria em 1º de março, foi adiado para o dia 15.
A Prefeitura de Campinas publicou nessa terça um decreto que determina regras da fase vermelha do Plano SP, entre 21h e 5h. Apenas atividades essenciais poderão funcionar no período até o dia 1º de março.