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SP contraria Ministério da Saúde e mantém vacinação de adolescentes

Governo paulista diz que suspensão vai na contramão de outros países e que “cria insegurança em adolescentes e famílias”

atualizado

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Vacina
1 de 1 Vacina - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

São Paulo – Após o Ministério da Saúde recuar e suspender a vacinação de adolescentes sem comorbidades contra a Covid-19, o governo de São Paulo afirmou que continuará vacinando todos os jovens de 12 a 17 anos, que teve início em 18 de agosto. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde,  já foram imunizadas cerca de 2,4 milhões de pessoas em São Paulo.

O governo lamentou a decisão do Ministério da Saúde e disse que a medida “vai na contramão da orientação do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass) e de autoridades sanitárias de outros países”, a exemplo dos Estados Unidos, Chile, Canadá, Israel, França e Itália.

“A medida cria insegurança e causa apreensão em milhões de adolescentes e famílias que esperam ver os seus filhos imunizados, além de professores que convivem com eles”, afirmou o governo em nota. “Coibir a vacinação integral dos jovens de 12 a 17 anos é menosprezar o impacto da pandemia na vida deste público. Três a cada dez adolescentes que morreram com Covid não tinham comorbidades em São Paulo.”

De acordo com o governo de SP, os adolescentes respondem por 6,5% dos casos. “Infelizmente, e mais uma vez, as diretrizes do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde chegaram com atraso e descompassadas com a realidade dos estados, que em sua maioria já estão com a vacinação em curso”, afirmou a nota.

Morte de jovem

O governo de São Paulo confirmou o óbito de um jovem de 16 anos de São Bernardo do Campo, que tomou a vacina da Pfizer (único imunizante que pode ser aplicado em menores de 18 anos no Brasil), mas disse que não há comprovação sobre a morte ter ligação com o imunizante.

“Até o momento, não há comprovação de relação da vacina ao óbito de um jovem de São Bernardo do Campo. O Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo está investigando o caso devido à relação temporal com a aplicação da vacina. Qualquer afirmação ainda é precoce e temerária”, informou o estado.

A Prefeitura de São Bernardo do Campo acrescentou que, após ter conhecimento do falecimento da adolescente, que ocorreu no Hospital e Maternidade Vida’s – que fica em São Paulo –, notificou o caso à Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo para as devidas investigações.

 

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