SP contraria Anvisa e mantém redução no intervalo da dose de reforço
Em nota, a Anvisa pediu uma reavaliação na redução de cinco para quatro meses na aplicação da terceira dose da vacina contra Covid
atualizado
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Enviada especial a Nova York – O governador de São Paulo, João Doria, afirmou neste sábado (4/12) que o estado manterá a redução no intervalo do prazo de aplicação da terceira dose da vacina contra a Covid.
Na quinta-feira (2/12), Doria anunciou a mudança no prazo de cinco para quatro meses. No dia seguinte, em nota à prefeitura de São Paulo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pediu uma reavaliação na decisão. Questionado sobre o que aconteceria após a recomendação da Anvisa, Doria disse que nada mudará.
“São Paulo vai seguir orientação do Comitê Científico, que define as medidas de combate à pandemia desde o primeiro caso de Covid no estado. A Anvisa não tem poder de determinar e proibir decisões estaduais. O Supremo Tribunal Federal ratificou recentemente que cabem aos estados definir as políticas de vacinação e de saúde”, pontuou o governador.
De acordo com a Anvisa, há poucos dados sobre a aplicação da dose extra, mas eles costumam indicar intervalo de seis meses. O Ministério da Saúde, no entanto, estabelece o prazo de cinco meses.
“No momento, não sabemos se os benefícios superam os riscos para o uso de reforço no intervalo de quatro meses para todos os adultos com 18 anos ou mais, independentemente da vacina ofertada e do esquema vacinal primário”, disse a Anvisa em nota.
Há ainda, segundo a agência, possibilidade de que a aplicação da dose de reforço de diferentes vacinas favoreça ao aparecimento de reações adversas desconhecidas.
O governo e a prefeitura de São Paulo avaliaram que a redução no prazo poderia ajudar no combate à nova variante, a Ômicron.