SP: com apenas 30%, Sistema Cantareira opera no menor nível desde 2016
Sistema alcançou fase de restrição neste sábado. Sabesb diz que “não há risco de desabastecimento de água, mas população deve economizar”.
atualizado
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O Sistema Cantareira registrou, neste sábado (02/10) o menor volume de armazenamento de água desde 2016. Atualmente, o reservatório opera com 29,9% de sua capacidade. Há cinco anos, o percentual era de 30,2%.
Considerado o maior reservatório de água da região metropolitana de São Paulo, o Cantareira entrou na faixa de restrição em função do baixo volume de água. Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), para operar em normalidade, o volume do manancial tem de estar com pelo menos 60% de sua capacidade.
Suspensão
Com a pouca quantidade de água, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) não poderá fazer a retirada de água da Cantareira, que deve estar com volume maior que 30% até o último dia do mês. No último dia do mês de setembro, o reservatório estava com pouco mais que esse percentual (30,4%), por isso, a Sabesp não pôde retirar mais do que os 23 m³/s de água do reservatório na fase de restrição.
Segundo os especialistas, o que ocasionou a baixa no reservatório foi a falta de chuvas na região. Pela previsão do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Cantareira atingiria o patamar de 30% de sua capacidade somente no final deste ano.
Desabastecimento de água
Apesar de ser responsável pelo abastecimento diário de mais de sete milhões de pessoas, não só o Cantareira que está com baixo nível de água. Os reservatórios que abastecem a região metropolitana de São Paulo têm, neste sábado (02/10), apenas 37,8% de volume de água. Esse percentual é 21% menor do que o volume armazenado em 2013 – ano da pré-crise hídrica na região.
A mudança da fase de alerta (igual ou maior que 30%) para a fase de restrição (igual ou maior que 20%) diminui a quantidade de água que a Sabesp tem permissão da Agência Nacional de Águas (ANA) para retirar do manancial.
A Sabesp informou ao site G1 que tem retirado os 23 m³/s da fase de restrição em função da integração do Cantareira com os demais sistemas da região metropolitana de São Paulo que são compostos por outros seis mananciais: Alto Tietê, Cotia, Guarapiranga, Rio Claro, Rio Grande e São Lourenço.
Apesar do volume desse sistema integrado, os especialistas afirmam que é possível que não haja água suficiente para abastecimento da população nos próximos meses. Segundo os estudiosos, a Sabesp tem retirado mais água agora do que em 2013 – ano da crise hídrica.
Em nota, a Sabesp disse que “não há risco de desabastecimento neste momento, mas a Companhia reforça a necessidade do uso consciente da água.” Na publicação, a empresa esclarece que “vem realizando nos últimos anos ações que dão mais segurança hídrica, como a ampliação da infraestrutura, integração e transferência entre sistemas, além de campanhas para o consumo consciente”.