SP: após “golpe das frutas”, Procon investiga a mortadela do Mercadão
Órgão recebeu denúncias de que lanchonetes informam que utilizam determinada marca de mortadela, mas não comprovam
atualizado
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São Paulo – Após o “golpe da fruta“, agora fiscais do Procon investigam se os restaurantes que vendem o famoso sanduíche de mortadela no Mercado Municipal de São Paulo estão cometendo fraudes.
No Mercadão, os estabelecimentos anunciam que os lanches têm uma mortadela de uma marca de melhor qualidade. Entretanto, agentes do Procon apuram se de fato essa marca está sendo utilizada.
“Recebemos também denúncia com esse teor e iremos verificar nas próximas operações; a qualidade do produto vendido deve ser a mesma que o estabelecimento informa ao público”, afirmou Fernando Capez, diretor-geral do Procon-SP.
Golpe da fruta
Nesta quinta (17/2), agentes do órgão estiveram no Mercado Municipal de São Paulo para apurar denúncias de consumidores relacionadas ao “golpe das frutas”. Os fiscais verificaram 17 estabelecimentos e não flagraram a ação, mas 11 locais foram autuados por desrespeitarem a legislação.
Foram encontradas diversas irregularidades, como venda de frutas importadas fora do prazo de validade e sem os dados do importador, a informação do preço de forma inadequada – os locais não explicam se o preço era por unidade, quilo ou grama – e a não disponibilização ao público de um exemplar do Código de Defesa do Consumidor (CDC).
Os consumidores que se sentirem lesados podem fazer sua denúncia no site www.procon.sp.gov.br.
Segundo os relatos nas redes sociais e páginas de viagens, os visitantes chegam ao corredor de frutas do Mercadão e são logo abordados por atendentes simpáticos das diversas barracas, que oferecem morangos, tâmaras, mangas, mexericas, entre outras frutas.
Enquanto os visitantes provam os alimentos, os comerciantes montam uma bandeja, entregue já embalada ao cliente. Na hora do pagamento, vem o susto: R$ 300, R$ 400, R$ 500 em frutas. O preço informado inicialmente a quem prova as iguarias é por gramas, e não pelo quilo. Em algumas lojas, as balanças ficam escondidas e o cliente não sabe quanto as frutas pesam.