SP ameaça ir ao STF se Pfizer não vender vacina pra crianças ao estado
Secretário estadual de Saúde disse que presidente da Pfizer informou que prioridade é do governo federal, mas estado não aceita recusa
atualizado
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São Paulo – O secretário estadual de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, afirmou nesta segunda-feira (20/12) que o governo paulista vai acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) caso a Pfizer não aceite vender diretamente ao estado doses de sua vacina contra a Covid-19 para crianças.
Na última sexta (17/12), o secretário disse que se reuniu com a presidente da Pfizer no Brasil, Marta Diez, que lhe informou que a prioridade para adquirir as doses para as crianças é do governo federal.
“Se até hoje a tarde a sua presidente no Brasil, Marta Diez, não se manifestar no sentido de autorizar a venda de 9 milhões de imunizantes para nossas crianças, estaremos judicializando no STF essa decisão para que dessa forma a proteção a vida seja garantida e protegida”, afirmou Gorinchteyn em entrevista à GloboNews.
No dia 16, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso do imunizante da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos. Mas o Ministério da Saúde ainda não decidiu quando vai comprar as doses para este público – que têm uma composição específica para o uso pediátrico.
“Isso é uma emergência sanitária. De março do ano passado até hoje, nós perdemos 2.500 mil crianças, especialmente na faixa de 0 a 9 anos em decorrência da Covid”, continuou o secretário.
“São Paulo vai vacinar essas crianças, tem a prerrogativa de sua autonomia dada pelo STF. Na última sexta conversamos com a presidente da Pfizer que disse que a prioridade seria o governo federal, só que não aceitamos essa posição”.