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“Somos vítimas, assim como a Marielle”, diz Chiquinho Brazão

Deputado federal Chiquinho Brazão é alvo de processo no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados por quebra de decoro parlamentar

atualizado

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Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Foto colorida do deputado federal Chiquinho Brazão em depoimento ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida do deputado federal Chiquinho Brazão em depoimento ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados - Metrópoles - Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

O deputado federal Chiquinho Brazão (Sem partido-RJ) afirmou ser vítima, assim como foi Marielle Franco. A declaração ocorreu em depoimento ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (16/7). O político é alvo de um pedido de cassação apresentado pela bancada do PSol da Casa Legislativa por quebra de decoro parlamentar.

“Somos na verdade vítimas, infelizmente, assim como foi a vereadora Marielle, que infelizmente a família sofreu, não dá nem para imaginar”, afirmou o deputado federal.

Chiquinho Brazão negou qualquer envolvimento com a milícia carioca e destacou que possui votos nas eleições em diferentes regiões do Rio de Janeiro, seja elas dominadas pelo tráfico de drogas ou milicianos.

“Nem eu, nem minha família, estamos envolvidos em nada. Somos vítimas de uma acusação, de um réu confesso”, complementa o deputado ao se referir ao ex-policial militar Ronnie Lessa, executor dos disparos contra Marielle Franco e Anderson Gomes.

“A relação com Marielle era maravilhosa, não era boa. Estou dizendo aqui e afirmando. A Marielle ia lá com a gente bater papo, falar, sempre pedia um chicletinho. Quando ela fazia falas dela, muitas das vezes falava comigo”, acrescentou Chiquinho Brazão.

Chiquinho e Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), são apontados pela Polícia Federal (PF) como mandantes da execução da vereadora Marielle Franco (PSol) e do motorista Anderson Gomes.

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Chiquinho Brazão chegando à sede da Polícia Civil no DF para realização de exames no IML
Chiquinho Brazão
O conselheiro do TCE-RJ Domingos Brazão
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Chiquinho Brazão chegando à sede da Polícia Civil no DF para realização de exames no IML

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O conselheiro do TCE-RJ Domingos Brazão

Reprodução

Os irmãos Brazão prestaram esclarecimentos ao Conselho de Ética da Câmara nesta terça. Também foram ouvidos Thiago Kwiatkowski Ribeiro, vice-presidente do TCM-RJ; e Carlos Alberto Lavrado Cupello, ex-deputado federal.

De acordo com a PF, a execução da vereadora teria sido motivada em razão da discussão a respeito da grilagem de terras na zona oeste do Rio de Janeiro. Ainda segundo a corporação, Chiquinho Brazão defenderia a regularização de áreas dominadas pela milícia carioca.

Durante depoimento, Domingos Brazão negou conhecer a vereadora Marielle Franco e afirmou ser inocente. “Desde a época do fato, já fomos investigados exaustivamente. Eu já fui investigado de todas as formas.”

Domingos complementou que não teve a oportunidade de ser ouvido pela PF, apesar da oitiva ter sido autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A relatora do processo contra Chiquinho Brazão no Conselho de Ética, Jack Rocha (PT-ES), ressaltou que deve apresentar o parecer a partir de 5 de agosto, e que deve cumprir os prazos regimentais da Casa.

Caso aprovado no Conselho de Ética da Câmara, o parecer ainda deve seguir para o plenário da Casa Legislativa, onde será apreciado pelos demais deputados federais.

Jack Rocha complementou que as oitivas do processo foram encerradas e que deve terminar a análise dos documentos solicitados pelo plano de trabalho apresentado por ela.

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