Solidário a Moraes, Aras diz: PGR não aceita agressão a membros do STF
O PGR falou, em sessão do STF, que todos têm a liberdade de discordar, mas sem correr em crimes a exemplo de agressões a autoridades
atualizado
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Durante a abertura do segundo semestre do Judiciário, no Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República, Augusto Aras, falou sobre o respeito à democracia e à independência entre os Poderes e reafirmou seu compromisso com a defesa do Estado Democrático de Direito. Fez ainda um balanço das ações da PGR durante sua gestão, desde 2019, e completou prestando solidariedade a todas as autoridades que sofreram agressões.
“Ressaltamos nossa solidariedade a todos os membros dessa Corte que foram vítimas de ataques, agressões, seja em território nacional, seja alhures. Por isso, tomamos providências para apurar responsabilidades”, afirmou o PGR.
Aras ressaltou que todos têm “a liberdade de discordar”, mas sem incorrer em crimes. “A liberdade é o direito de fazer tudo o que a lei permite”, ressaltou.
Agressões na Itália
A solidariedade do procurador-geral da República vem após o episódio em que o ministro Alexandre de Moraes foi hostilizado por um grupo de brasileiros em aeroporto da Itália. O ministro estava naquele país para palestrar no Fórum Internacional de Direito, na Universidade de Siena. Os envolvidos no ataque foram identificados como Andreia Munarão, Alexandre Zanatta e o empresário Roberto Mantovani Filho.
Foi aberta uma investigação na Polícia Federal e depoimentos apontam que o caso começou quando a família do ministro foi abordada por uma mulher identificada como Andreia, que xingou o magistrado de “bandido, comunista e comprado”.
O marido de Andreia, o empresário Roberto Mantovani Filho, 71 anos, juntou-se a ela. Logo depois, ele teria gritado e agredido fisicamente o filho do ministro. Mantovani Filho chegou a acertar um golpe no rosto do rapaz, que precisou recolher os óculos caídos no chão após o impacto.
Mudança na PGR
Ao concluir seu discurso, Aras disse renovar seu respeito à Constituição Federal e às leis, às instituições, à totalidade da nação brasileira. E lembrou que esta fala pode vir a ser sua última no cargo do qual se despede em 26 de setembro.