metropoles.com

Sogro interna nora compulsoriamente e ela perde a guarda do filho

Os pais da criança, de 5 meses, são acusados de serem dependentes químicos. Mulher foi internada à força em clínica psiquiátrica pelo sogro

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução
Imagem colorida de Leticia com o filho Bernardo no colo internada pelo sogro - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de Leticia com o filho Bernardo no colo internada pelo sogro - Metrópoles - Foto: Reprodução

Na última semana, uma trama familiar em Florianópolis (SC) ganhou visibilidade após um jovem casal expor a perda da guarda do próprio filho, um bebê de 5 meses. Segundo Alan Silveira e Letícia Sales, pais da criança, o avô paterno, Eduardo Oliveira, solicitou a internação compulsória do filho e da nora, alegando que ambos são dependentes químicos.

Eduardo, o avô, recorreu ao sistema judicial, onde ingressou com uma ação visando não apenas a guarda do neto, mas também a autorização para a internação compulsória de seu próprio filho, Alan, e da nora, Letícia. As acusações tiveram como base o laudo emitido por um psiquiatra.

Alegando a gravidade do caso, o tribunal concedeu a Eduardo a custódia da criança e a permissão para a internação. O casal nega que seja usuário de drogas.

No Instagram, um perfil foi criado para divulgar o caso e já conta com mais de 200 mil seguidores. Ainda na plataforma, Alan explica, por meio de vídeos, toda a situação enfrentada pela família.

Em uma publicação, com mais de 1 milhão de visualizações, Letícia aparece dentro de uma ambulância, chorando, enquanto é levada para a clínica psiquiátrica Pinel. Nas imagens, é possível ver a jovem sendo amarrada em uma maca, mesmo não expressando nenhum tipo de resistência.

Veja:

Medo da internação compulsória pelo sogro

No momento em que as autoridades policiais foram cumprir o mandado pedido pelo sogro, apenas Letícia estava presente no domicílio. A jovem foi prontamente encaminhada para uma clínica psiquiátrica em Porto Alegre.

Alan está escondido e com medo de também ser submetido à internação compulsória. Ele repudia as ações do pai.

“Um pai não faz isso para o filho. Criou provas falsas. Tem coisas no processo que eu nem disse”, relata.

Por outro lado, Eduardo afirma que trata a questão das drogas com o filho Alan antes mesmo do nascimento da criança.

“Venho tratando a dependência química com meu filho há dois anos. Eu não tinha a ciência de que minha nora fosse dependente”, desabafou o sogro dela.

Internação sem consentimento da família de Letícia

Beatriz Regina Silva, mãe de Letícia, gravou um depoimento onde afirma que a jovem foi internada à força pelo sogro, sem consentimento da família dela. Ela conta que se desesperou ao ver vídeos que mostravam a situação da filha.

“Está todo mundo chocado. Todo mundo triste. Eu só choro, não durmo. Não sei como ela está lá, trancada”, disse Beatriz, que não consegue contato com a filha e foi impedida de visitá-la na clínica.

A mãe ainda completa dizendo que Letícia não faz uso de substâncias ilícitas.

Guarda da criança

A disputa pela guarda da criança está em segredo de Justiça.

A criança está sob os cuidados da avó paterna, mãe de Alan, que também quer lutar pela proteção e bem-estar do neto. Ela e Eduardo estão separados.

Em uma nota divulgada no Instagram, o sogro afirma que tudo que ela mais quer é ver Letícia fora da clínica psiquiátrica.

“Sempre tive uma ótima relação com a minha nora, e tudo que eu mais quero é que ela saia logo da clínica e possa cuidar do (…) com todo o amor de mãe que ela tem pelo filho. Letícia ficou extremamente feliz e aliviada quando soube que conseguimos na justiça a troca da guarda de Eduardo para mim, pois sabia que Be estaria sendo bem cuidado. Estamos muito cansados e desgastados com todos os acontecimentos e, a única coisa que queremos aqui é justiça pela Letícia, e que ela volte imediatamente para casa e sua família”, diz trecho da nota.

O que diz a defesa de Eduardo

Em nota publicada no Instagram, a defesa de Eduardo, avô da criança, diz que ele está sendo vítima de injúria de pessoas que desconhecem as provas já produzidas no processo.

Leia a íntegra da nota:

Reforça-se que não é possível detalhar as provas e procedimentos do processo por haver questão familiar e restrição legal do segredo de justiça, porém o avô está sendo vítima de injúrias de pessoas que sequer conhecem todas as provas já produzidas no processo, que são muitas e consistentes.

Ressalta-se que todas as partes sempre estiveram assistidas por advogados particulares, tanto o autor como os internados, desde o início do processo, e foram exercidos todos os recursos cabíveis, fato que até o momento foi omitido das redes sociais, e foram realizados todos os trâmites regulares para todos os atos.

No mesmo sentido, cabe salientar que a guarda foi definida de forma provisória, até que fossem realizados os laudos próprios, sendo que ambos os avós acabaram sendo considerados aptos e houve a definição da guarda compartilhada entre estes. Ainda, que o avô abriu mão da guarda para que esta fosse realizada de forma exclusiva pela avó.

Cabe mencionar, também, que o processo de internação depende de avaliações periódicas e são realizadas por peritos médicos psiquiátricos, designados por juízes, cabendo a estes o laudo quanto ao estado de saúde e a possibilidade desinternação, não sendo de vontade das partes para tal ato.

Nossa assessoria jurídica está à disposição da imprensa oficial para eventuais esclarecimentos.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?