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Socorro aos Yanomami: sargento da FAB é internado após picada de cobra

Militar da Força Aérea Brasileira foi picado por uma jararaca, que é uma das cobras mais venenosas do Brasil, em Surucucu, Roraima

atualizado

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Tenente-Coronel Muller / CINDACTA IV / FAB
foto colorida de resgate a sargento da FAB picado por cobra
1 de 1 foto colorida de resgate a sargento da FAB picado por cobra - Foto: Tenente-Coronel Muller / CINDACTA IV / FAB

Um dos militares envolvidos na operação de socorro aos indígenas da etnia Yanomami foi picado por uma cobra peçonhenta na noite da última terça-feira (1º/2) e precisou ser transportado de avião de Surucucu, na reserva indígena, para a capital de Roraima, Boa Vista, onde foi internado.

A vítima do acidente com o animal peçonhento, uma jararaca, é um sargento da Força Aérea Brasileira (FAB) que não teve a identidade divulgada, mas que se encontra estável no Hospital Geral de Roraima (HGR).

O militar faz parte do 4º Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA IV). O órgão atua na reserva Yanomami para cumprir a determinação do governo federal, de restringir o espaço aéreo para evitar a ação dos garimpeiros que atuam ilegalmente na região e são parte da causa da enorme crise humanitária que atinge os indígenas.

“Em prol das comunidades indígenas Yanomami, em Surucucu, Roraima, a Força Aérea Brasileira (FAB) tem realizado inúmeras ações de ajuda humanitária, mas os desafios proporcionados pela região são recorrentes”, comentou a instituição, em nota informando sobre o acidente com a cobra.

Após o sargento ser picado, os primeiros atendimentos foram prestados pela equipe médica do Pelotão de Fronteira, que realizou a estabilização do quadro por meio de aplicação do soro antiofídico. Em seguida, o militar foi removido para a Base Aérea de Boa Vista (BABV) num helicóptero H-60 do Exército Brasileiro, que se encontrava em Surucucu.

Cobra muito perigosa

A jararaca é uma cobra peçonhenta “muito perigosa”, segundo descrição da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), uma das espécies mais venosas da fauna brasileira e sul-americana. Ela possiu uma camuflagem que torna difícil identificá-la na mata e mede cerca de 1,20 metro quando adulta.

Em 2020, uma jararaca picou a médica Dieynne Saugo, de 33 anos, durante banho de cachoeira em Nobres (MT), num caso que teve repercussão nacional. Ela ficou internada na UTI, passou por três cirurgias, teve 70% das vias aéreas comprometidas e precisou realizar uma traqueostomia – e ainda pegou Covid-19 enquanto se recuperava.

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