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Sociedade de Oftalmologia sobre infecção em cirurgias: “Raridade”

Ao menos 15 pessoas foram infectadas por bactéria em mutirão de cirurgia de catarata da prefeitura de Parelhas (RN). Oito perderam olho

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Foto colorida de cirurgia com laser em olho. Imagem ilustrativa - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de cirurgia com laser em olho. Imagem ilustrativa - Metrópoles - Foto: Getty Images

O presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO), Oswaldo F. Moura Brasil, afirmou ao Metrópoles que casos com infecção bacteriana em cirurgias oftalmológica são “raríssimos”.

A fala ocorre após 15 pessoas serem infectadas durante a realização de procedimentos cirúrgicos de catarata em um mutirão organizado pela Prefeitura de Parelhas, no Rio Grande do Norte. Do total de infectados, oito perderam o globo ocular.

“[Infecção bacteriana em cirurgias oftalmológicas] não é comum. As cirurgias oftalmológicas são feitas com bastante frequência, são extremamente seguras e têm alto índice de satisfação. A infecção bacteriana é, realmente, uma raridade. São raríssimos os casos. Por isso que, quando eles [os caso] aparecem, chamam tanto a atenção”, ressaltou Oswaldo.

Ainda de acordo com o médico, o caso do mutirão em Parelhas precisa ser apurado. “Deve ser investigado para ver se houve alguma falha no processo. A gente está falando de eventos realmente muito pouco frequentes”, acrescentou o presidente da SBO.

O caso

Pelo menos 15 pessoas foram infectadas pela bactéria Enterobacter cloacae após a realização de procedimentos cirúrgicos de catarata, feitos em 27 de setembro, em um mutirão organizado pela Prefeitura de Parelhas. O Ministério Público do estado instaurou um procedimento para apurar o ocorrido.

Oito pessoas perderam o globo ocular por conta da infecção. Outras quatro contaminadas precisaram passar pelo procedimento de vitrectomia — uma cirurgia de alta complexidade que remove o vítreo e o substitui por um gás ou líquido —, e três pacientes estão sendo acompanhados em casa, com boa evolução do quadro e com mais de 80% do quadro infeccioso solucionado, porém, ainda sem enxergar.

O mutirão foi realizado em 27 e 28 de setembro na Maternidade Graciliano Lordão. No total, foram feitas 48 cirurgias. Entretanto, apenas aquelas realizadas em 27 de setembro sofreram contaminação.

Um inquérito civil foi instaurado pela prefeitura, com o objetivo de “investigar as circunstâncias e responsabilidades” do caso. De acordo com o órgão, as audiências com técnicos, médicos e representantes da empresa responsável pelos procedimentos foram iniciadas na terça-feira (15/10).

Ainda serão realizados testes pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) para determinar onde ocorreu a contaminação. A investigação abrangerá a água utilizada, o centro cirúrgico, o processo de esterilização e outros possíveis fatores, conforme solicitado pela Subcoordenadoria de Vigilância Sanitária (Suvisa).

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