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Sociedade de Infectologia defende aplicação da 3ª dose contra Ômicron

Entidade explica que, neste momento, a ampliação do público vacinado com três doses é mais importante do que administrar mais uma dose

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
enfermeira segura seringa com vacina
1 de 1 enfermeira segura seringa com vacina - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) manifestou contrariedade à inclusão da quarta dose da vacina contra a Covid-19, doença causada pelo coronavírus, na campanha de vacinação neste momento. Para a entidade, o essencial é ampliar a aplicação da dose de reforço, a chamada terceira dose.

A SBI defende que a população brasileira, neste momento de circulação da variante Ômicron, receba com prioridade o esquema básico (2 doses iniciais ou dose única), com atenção especial para dose de reforço a ser aplicada quatro meses após completar o esquema básico.

“Diversos trabalhos científicos publicados demonstram que contra a variante Ômicron é necessário o esquema com três doses para melhor proteção dos indivíduos. Portanto, a medida mais urgente em termos de vacinação para o país é avançar no percentual de pessoas com que já completaram o esquema básico com dose de reforço”, reforça, em comunicado assinado pelo presidente da entidade, Alberto Chebabo.

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Em dezembro de 2021, Israel tornou-se o primeiro país a anunciar a aplicação da quarta dose da vacina contra a Covid-19 no mundo. Segundo o governo, o reforço ajudaria a nação a superar uma potencial onda de infecções pela variante Ômicron
No início de 2022, o país começou a oferecer a quarta dose da vacina Pfizer/BioNtech para pessoas com mais de 60 anos e profissionais da saúde
Segundo estudo realizado em Israel, a quarta injeção em pessoas com mais de 60 anos as tornou três vezes mais resistentes ao coronavírus
O Chile e a Turquia também iniciaram a aplicação da segunda dose de reforço na população acima dos 60 anos
Os ministros da Saúde da União Europeia foram orientados, em janeiro deste ano, a se prepararem para distribuir a quarta dose do imunizante assim que os dados mostrarem que ela é necessária
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Inicialmente, apenas a população de imunocomprometidos poderia receber a segunda dose de reforço contra a Covid-19 no Brasil

Reprodução/Agência Brasil
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Em dezembro de 2021, Israel tornou-se o primeiro país a anunciar a aplicação da quarta dose da vacina contra a Covid-19 no mundo. Segundo o governo, o reforço ajudaria a nação a superar uma potencial onda de infecções pela variante Ômicron

Agência Brasil
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No início de 2022, o país começou a oferecer a quarta dose da vacina Pfizer/BioNtech para pessoas com mais de 60 anos e profissionais da saúde

Agência Brasil
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Segundo estudo realizado em Israel, a quarta injeção em pessoas com mais de 60 anos as tornou três vezes mais resistentes ao coronavírus

Agência Brasil
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O Chile e a Turquia também iniciaram a aplicação da segunda dose de reforço na população acima dos 60 anos

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Os ministros da Saúde da União Europeia foram orientados, em janeiro deste ano, a se prepararem para distribuir a quarta dose do imunizante assim que os dados mostrarem que ela é necessária

Agência Brasil
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No Brasil, nota técnica do Ministério da Saúde, emitida em dezembro de 2021, recomendou que, a partir de quatro meses, a dose fosse aplicada em todos os indivíduos imunocomprometidos, acima de 18 anos de idade, que receberam três doses no esquema primário

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Em 20 de junho, a recomendação abrangia toda a população com 40 anos ou mais

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Em Volta Redonda (RJ) e Botucatu (SP), as prefeituras ampliaram a quarta dose para idosos acima dos 70 anos, pois todos os óbitos registrados nas cidades ocorreram nessa faixa etária

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Desde então não houve redução da faixa etária

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Estados como Amazonas, Bahia, Ceará, Rio de Janeiro e São Paulo diminuíram a faixa etária por conta própria e hoje vacinam todos os adultos com 18 anos ou mais

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Em maio, o Ministério da Saúde passou a recomendar a aplicação do segundo reforço nos idosos com 60 anos ou mais

Agência Brasil

O texto ressalta que o país tem muitas desigualdades em termos de cobertura vacinal e citou que as experiências de aplicação da quarta dose ainda são experimentais.

“Em situações de excepcionalidade, em locais que onde se observa alta cobertura da população adulta com três doses, algumas iniciativas de aplicação de quarta dose na população acima de 60 anos têm sido colocadas em prática, com a finalidade de avaliar a eficácia desta estratégia e, deste modo, poder se ter uma avaliação mais consistente originando dados para serem analisados a posteriori, especialmente quando usado esquemas de três doses com vacina inativada (Coronavac)”, frisa o documento.

O texto salienta. “Trata-se, portanto, de iniciativas individualizadas regionais, pois há carência de dados mais robustos que justifiquem a aplicação em termos de efetividade no país como um todo. As vacinas de mRNA (Pfizer e Moderna) segundo informações serão atualizadas proximamente para a variante Ômicron sendo este outro aspecto a ser considerado para a utilização da 4ª dose de forma nacional neste momento”, finaliza.

Para a SBI, outro ponto a ser estudado será o impacto na resposta imune da população vacinada, a exposição natural da variante Ômicron, podendo levar a um aumento da robustez e duração da proteção.

Atualmente, a área técnica do Ministério da Saúde estuda a aplicação da quarta dose, mas ainda não decidiu sobre o tema. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, tem defendido a ampliação da aplicação da terceira dose.

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