Sobrinho de morto em ação da PRF: “Ele perguntava o que tinha feito”
Wallyson de Jesus contou que o tio questionava aos agentes da corporação se tinha feito algo de errado enquanto eles chutavam seus pés
atualizado
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Enquanto os agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) chutavam os pés de Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, ele questionava o motivo da abordagem violenta, que terminou em morte. “Ele perguntava o que tinha feito de errado para estar merecendo aquilo”, contou o sobrinho do homem, Wallyson de Jesus.
“Começaram a chutar os pés dele e ele perguntando o que tinha feito, o que tinha de errado para estar merecendo aquilo”, lembrou o sobrinho em entrevista à TV Record. Genivaldo foi morto em uma espécie de “câmara de gás” improvisada na viatura da PRF. Imagens da ação foram divulgadas e causaram revolta.
“Pegaram a granada, jogaram por baixo do porta-malas e explodiu a granada lá dentro. Os populares ao redor, ninguém aguentou com aquilo ali e saiu todo mundo de perto. Quando ele desmaiou, jogaram os pés dele para dentro e fecharam a porta da mala com ele lá dentro”, revelou Wallyson.
O sobrinho da vítima testemunhou toda a ação, na tarde da quarta-feira (25/5), em Sergipe. Ele conta que, desde o início, o tio colocou as mãos na cabeça e revelou aos policiais que tinha problemas mentais.
Asfixia
A abordagem da PRF foi motivada pela falta de capacete. Genivaldo conduzia uma moto quando os integrantes da força de segurança deram ordem para que ele parasse. Como o homem não obedeceu alguns comandos policiais, os agentes usaram violência contra ele.
Segundo a família da vítima, Genivaldo tinha problemas mentais e usava medicamentos há 20 anos.
Os agentes foram afastados de suas funções após a abertura de investigações pela própria PRF e pela Polícia Federal. A PRF não admite que a morte de Genivaldo tenha decorrido da violenta abordagem, mas laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML) revela que o homem morreu por asfixia.
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