Sobrevivente diz que coluna do edifício que desabou estava trincada
Jorge e a esposa identificaram um problema em uma das colunas do edifício de três andares que desabou, mas não acionaram a Defesa Civil
atualizado
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Rio de Janeiro – Abalado, o sobrevivente do prédio de três andares que desabou, Jorge Luiz Brandão, de 54 anos, retornou quatro horas depois de ser resgatado, ao edifício para buscar documentos na manhã deste domingo (24/10), em Nilópolis, na Baixada Fluminense. Um jovem de 26 anos morreu, e duas pessoas resgatadas continuam hospitalizadas.
À imprensa, Jorge disse que ele e a esposa, Nircéia Souza, de 62 anos, perceberam que uma das colunas do edifício estava trincada. Segundo ele, a estrutura pode ter sido abalada por um carro, já que no local também funcionava um estacionamento.
“Falei com a minha mulher: melhor chamar a Defesa Civil, não adianta mandar foto. Não teve aquele desespero, vai desabar”, disse.
Ao Metrópoles, o secretário de Obras do município, Flavio Vergueiro, afirmou que ainda é prematuro saber o que houve para explicar o desabamento do prédio.
“A Prefeitura não foi notificada de nada. O senhor Jorge diz que viram uma trinca em um dos pilares que pode ter sido provocada pela batida de um veículo. Mas ainda está tudo muito superficial, é necessária uma avaliação técnica para saber o que houve.”
A esposa de Brandão, Nircéia, e Giovana Amorim, são as duas pessoas resgatadas e estão internadas no Hospital-Geral de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Irmão de Giovana, Gustavo Loureiro Amorim, de 26 anos, morreu.
Desabamento
De acordo com a prefeitura, o prédio, na Rua Coronel José Muniz, 808, no bairro de Olinda, existe há 22 anos e estava regular junto à Secretaria de Obras.
A Guarda Municipal isolou a área. Pelo menos 30 bombeiros dos quartéis de Nilópolis e Nova Iguaçu, além do Grupamento de Busca e Salvamento, com sete viaturas, trabalham no local.