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Sobrevivente da Boate Kiss casou-se com enfermeira que o atendeu

Emanuel Pastl, que prestou depoimento no julgamento dos 4 réus, virou engenheiro especializado em prevenção contra incêndio

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Sobrevivente da Boate Kiss casou-se com enfermeira
1 de 1 Sobrevivente da Boate Kiss casou-se com enfermeira - Foto: TJRS/Divulgação

Em meio ao sofrimento da tragédia da Boate Kiss, que vitimou 242 pessoas em 2013, uma enfermeira e um sobrevivente conseguiram se apaixonar. Emanuel Pastl foi conduzido ao hospital da Ulbra, em Canoas (RS), com queimaduras no corpo e precisou ser internado após inalar a fumaça tóxica. Quando passou aos cuidados da equipe de pele, a responsável por tratar das queimaduras de segundo e terceiro graus foi Mirélle Bernardini, com quem viria a ser seu grande amor.

De acordo com reportagem de o Estado de S. Paulo, a enfermeira estava enlutada após a morte de seu pai e seu avô e mergulhou de cabeça no trabalho para tentar amenizar a dor. Esforçada até chegar à exaustão no tratamento dos feridos na boate, ela tirou um período de férias.

Na época, Emanuel deixou o hospital para se cuidar em casa e os dois trocaram contatos para que Mirélle continuasse o ajudando com os curativos. A conversa, no entanto, foi além do tratamento hospitalar.

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Incêndio deixou 242 mortos
Julgamento do caso da boate Kiss
Boate Kiss
A maioria das vítimas era de jovens universitários que estavam em uma festa na boate
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Incêndio na boate Kiss ocorreu em 2013

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Julgamento do caso da boate Kiss

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Boate Kiss

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A maioria das vítimas era de jovens universitários que estavam em uma festa na boate

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“Após as férias, ela retornou para o hospital de Canoas, onde eu morava e ainda moro. Nos encontramos, começamos a sair mais vezes e nos apaixonamos. Então veio o namoro, o casamento em janeiro de 2018 e estamos juntos até hoje. Temos uma filha, a Antônia, que nasceu em setembro de 2019”, contou Emanuel.

De acordo com Mirélle, “foi uma união por fatos difíceis”. “Quando ele apareceu no hospital, eu ainda estava ‘digerindo’, o luto. Foi conversando sobre as depressões da vida, sobre como é difícil perder alguém, se reerguer. Eu até citei nos meus votos do casamento que no momento mais difícil das nossas vidas a gente se conheceu e se reergueu juntos”, lembrou.

Durante o depoimento de Emanuel no julgamento do caso Kiss, em Porto Alegre, na quinta-feira (2/12), o sobrevivente falou como vítima da tragédia, mas também apontou questões técnicas. Isso porque formou-se como engenheiro especializado em prevenção contra incêndio.

“Outras Kiss, estatisticamente, vão acontecer. Depois da Kiss, ainda aconteceram incêndios como o do Hospital do Badim, no Rio (2020), no Ninho do Urubu (2019), no prédio da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre (2021), e no Museu Nacional (2018). O Brasil é um dos países no mundo com mais mortes decorrentes de incêndios. A raiz do problema é muito ampla, não é uma só. A legislação, por exemplo, é confusa. No Rio Grande do Sul, ela nem está completamente pronta”, disse.

O casal vê o julgamento como um encerramento do drama que viveram por anos.

 

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