Brumadinho: 11 mortos, 46 resgatados e 299 desaparecidos
A barragem Mina Feijão, em Minas Gerais, rompeu-se por volta das 13h dessa sexta (25/1)
atualizado
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O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais divulgou na tarde deste sábado (26/1) o último balanço de vítimas após o rompimento da barragem em Brumadinho (MG). De acordo com o comandante da corporação, coronel Leão, as buscas por vítimas estão concentradas em quatro pontos: um ônibus de funcionários encontrado soterrado, uma locomotiva, um prédio e a comunidade Parque da Cachoeira.
Segundo boletim das forças integradas de segurança, formadas por Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Defesa Civil, dos 345 desaparecidos, 46 foram encontrados. A corporação procura ainda 299 pessoas. O grupo confirma 11 vítimas fatais e três corpos identificados. O único nome divulgado foi o da médica Marcelle Porto Cangussu. Ainda de acordo com o levantamento, 86 famílias da comunidade de Brumadinho estão cadastradas no banco de contatos do governo, em busca de parentes.
A Vale atualizou na manhã deste sábado a lista de funcionários sem contato, no site da empresa. O número estava em 412. Além do documento, a empresa disponibilizou um telefone para que as pessoas possam ligar e se identificar, caso estejam fora de perigo, mas seus nomes estejam na relação: 0800 821 500.
A Organização das Nações Unidas (ONU) lamentou a tragédia com o rompimento da barragem da mineradora Vale, na cidade de Brumadinho (MG). Em nota, a instituição afirmou que as “perdas de vidas e os significativos danos ao meio ambiente e assentamentos humanos são incomensuráveis”.
O texto também diz que a ONU está à disposição para apoiar as ações das autoridades brasileiras na rápida remoção das vítimas e no estabelecimento de condições dignas aos eventuais desabrigados e à população atingida.
O Corpo de Bombeiros montou a operação nas proximidades de um campo de futebol. O local está sendo utilizado como área de avaliação e triagem de vítimas para atendimento médico. Quase 100 bombeiros foram deslocados para a região e o efetivo será dobrado neste sábado (26). Seis aeronaves da corporação estão envolvidas nos resgates.
Desastre
A barragem Mina Feijão, em Brumadinho (MG), rompeu-se por volta das 13h dessa sexta (25/1). O vazamento de lama fez com que uma outra barragem da Vale, ao lado, transbordasse. O restaurante da companhia no local foi soterrado e o prédio administrativo também foi atingido.
A lama se espalhou pela cidade e moradores precisaram deixar as casas. Equipes de bombeiros e da Defesa Civil foram mobilizadas para a área e estão em busca de vítimas. Tanto o governo federal quanto o local montaram gabinetes de crise e deslocaram autoridades para a região.
O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), e o governador de Minas, Romeu Zema (Novo), sobrevoaram a localidade da tragédia neste sábado (26). A Prefeitura Municipal de Brumadinho chegou a pedir, por meio das redes sociais, que a população da cidade mantenha distância do Rio Paraopeba, um dos principais afluentes do Rio São Francisco.
Veja imagens e a repercussão da tragédia nas redes sociais:
Fiz uma marcação rápida aqui no Google Earth na área da barragem estourada de #brumadinho agora a tarde. Olha o estrago! A foto da barragem estourada é do corpo de bombeiros. pic.twitter.com/eaYVCfqMur
— Guilherme M.Maciel (@gaguigu) 25 de janeiro de 2019
É assustador a quantidade de lama que desceu da barragem da Vale em Brumadinho. pic.twitter.com/enexjelyIj
— Uai Tevê (@uaiteve) 25 de janeiro de 2019
GENTE TODO MUNDO QUE TÁ NA PARTE DA AVENIDA NO MOMENTO SE POSSÍVEL SAIAM DAÍ AGORA, UMA BARRAGEM DA VALE ROMPEU E ESSA ÁREA CORRE MUITO RISCO, FALO PRA QUALQUER LUGAR PERTO DO RIO
— scar man (@affelipebrandao) 25 de janeiro de 2019