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Sobe para 268 o número de pontos atingidos pelo óleo no Nordeste

Desde 30 de agosto, ao menos 268 pontos em 94 municípios dos nove estados da região foram atingidos. O rastro de óleo atingiu manguezais

atualizado

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Marcos Rodrigues/Secom Sergipe
Oleo praia nordeste
1 de 1 Oleo praia nordeste - Foto: Marcos Rodrigues/Secom Sergipe

Em dois meses, o governo federal ainda não conseguiu explicar os motivos do derramamento de petróleo em praias nordestinas. Desde 30 de agosto, ao menos 268 pontos em 94 municípios dos nove estados da região foram atingidos. O rastro de óleo manchou praias, atingiu manguezais e deixou um prejuízo ecológico ainda desconhecido.

As primeiras manchas apareceram na Paraíba.  Entre as medidas adotadas pelo governo está o uso de barreiras de contenção e a remoção manual com ajuda de voluntários. A pesca foi proibida.

Em análise feita pela Petrobras, a empresa informou que o óleo encontrado não é produzido pelo Brasil. “A investigação da origem das manchas de óleo está sendo conduzida pela Marinha, enquanto a investigação criminal é objeto da Polícia Federal“, destaca o mais recente boletim do órgão.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente dos Recursos Renováveis (Ibama) garante que realiza a avaliação do impacto ambiental diariamente e dá direcionamento de ações de resposta à fauna, bem como orienta sobre a destinação de resíduos e sobre a remoção do óleo, definindo prazos das ações de limpeza e quais os ambientes devem ser priorizados.

“O Instituto requisitou apoio da Petrobras para atuar na limpeza de praias. Os trabalhadores que estão sendo contratados pela petrolífera são agentes comunitários, pessoas da população local, que recebem treinamento prévio da empresa para ocasiões em que forem necessários os serviços de limpeza”, destaca, em comunicado desta quarta-feira (30/10/2019).

A mais recente investida do governo brasileiro foi a suspensão das atividades de pesca no litoral nordestino entre 1 e 30 de novembro. A determinação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento foi publicada nesta terça-feira (29/10/2019) no Diário Oficial da União (DOU). O período de suspensão pode ser estendido até 31 de dezembro.

No último sábado (26/10/2019), o comandante de operações navais da Marinha, almirante de esquadra Leonardo Puntel, anunciou que o volume de petróleo encontrado no litoral brasileiro estava diminuindo.

Entenda o caso
A Marinha recebeu o primeiro comunicado sobre as manchas três dias depois, em 2 de setembro. Somente em 11 de outubro o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, comunicou aos demais ministérios que a Marinha seria a coordenadora do Plano Nacional de Contingência.

Desde o dia 2 de setembro, o governo acompanha a situação. Segundo o Ibama, a substância encontrada nos litorais é petróleo cru, ou seja, não se origina de nenhum derivado de óleo.

Desde o início da crise ambiental, somente o Ibama editou sete recomendações técnicas para a prevenção de danos, contenção do óleo e diminuição dos riscos no manejo do petróleo.

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