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Sobe número de alunos na educação integral, mas meta segue distante

Ministro da Educação defendeu que melhoras no índice de educação integral foi graças a ações de estados e municípios, não do governo federal

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Ministro da Educação, Camilo Santana durante divulgação de números do Inep. Ele discursa diante de púlpito - Metrópoles
1 de 1 Ministro da Educação, Camilo Santana durante divulgação de números do Inep. Ele discursa diante de púlpito - Metrópoles - Foto: Reprodução/ TV Brasil

A Educação Básica no Brasil registrou um aumento de estudantes matriculados no integral. Os dados são do Censo Escolar da Educação Básica 2022, divulgado nesta quarta-feira (8/2). O ensino em tempo integral é uma das metas do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

No ensino médio da rede pública, a proporção de alunos matriculados em tempo integral passou de 16,7% em 2021 para 20,4% em 2022. Da mesma forma, na rede privada, a proporção foi de 7% para 9,1%, quando se comparados 2021 e 2022. A meta é de 25% dos alunos na educação integral básica.

O estado com mais alunos matriculados na rede pública de ensino médio é Pernambuco, com 62,5%, seguido pela Paraíba (57,8%) e Ceará (42,1%). A média no Brasil é de 20,4%.

Já no ensino fundamental, houve um aumento de 9,9% em 2021 para 13,7% em 2022, na proporção de alunos em tempo integral, quando se consideram os anos finais. Nos anos iniciais, o aumento foi de 9,3% para 11,4%.

O estado com mais alunos matriculados na rede pública de ensino fundamental é o Ceará (41%), seguido pelo Piauí (38,8%) e pelo Maranhão (38%). A média do Brasil é de 14,4%.

A meta do Plano Nacional de Educação é oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos 25% dos alunos da educação básica.

Ministro critica gestão Bolsonaro

Presente na cerimônia de divulgação do censo, na sede do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em Brasília, o ministro da Educação, Camilo Santana, disse que a melhora nos índices de ensino integral foi uma conquista dos estados e municípios, sem ajuda do governo de Jair Messias Bolsonaro (PL).

“Durante os últimos quatro anos não houve o menor diálogo do Ministério da Educação com os governadores deste país. (…). Quando faço essa crítica não é porque somos adversários políticos, mas uma crítica do ponto de vista da política educacional, que não houve discussão, não foi elaborada, não houve uma colaboração”, disparou o ministro.

Segundo Camilo Santana, essa falta de ajuda do governo federal pode ser verificada na discrepância de resultados quando se compara os estados e municípios. Para ele, isso mostra que as ações positivas tiveram mérito dos próprios governos e municípios.

Além disso, o atual ministro da Educação lembrou que o governo de Bolsonaro não articulou com os estados para organizar a rede de ensino durante a Pandemia da Covid-19. O MEC de Bolsonaro defendia uma retomada das aulas presenciais, independente da pandemia.

Segundo o Inep, o Brasil foi o segundo país que ficou mais tempo sem aulas durante a pandemia, com média de 279 dias. Só ficou atrás apenas do México, com 248 dias.

Divulgação de resultados

O MEC e o Inep divulgaram o resultado do Censo Escolar da Educação Básica 2022 nesta quarta. Detalhes do resultado da pesquisa foram compartilhados pelo ministro da Educação, Camilo Santana, e pelo diretor de Estatísticas Educacionais do Inep, Carlos Eduardo Moreno.

O Censo Escolar é o principal instrumento de coleta de informações da educação básica no Brasil. É realizado pelo Inep e feito em colaboração com as secretarias estaduais e municipais de educação.

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