Sob sol forte, motocarreata pró-Bolsonaro se esvazia em Goiânia
Temperatura de 37°C estimulou manifestantes a abandonarem trajeto de 27 quilômetros durante manifestação neste dia 7 de setembro
atualizado
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Goiânia – Com manifestantes sentados nas portas de veículos e sem máscara, a motocarreata em defesa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durou pouco mais de duas horas, nesta terça-feira (7/9), em Goiânia. O ato se esvaziou antes de completar o percurso de 27 quilômetros.
O sol forte e a temperatura de 37°C, além da proximidade do horário do almoço, fizeram dezenas de bolsonaristas abandonarem o trajeto, que se estendeu do sul ao norte da capital goiana. A motocarreata teve início às 10h30, com concentração no Autódromo de Goiânia, na GO-020.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) incluiu a cidade no alerta vermelho, por causa da alta temperatura e umidade relativa do ar abaixo de 12%. Além de aumentar o risco de incêndios florestais, a situação pode gerar problemas à saúde, como doenças pulmonares e dores de cabeça.
Gritos de mito
Os manifestantes reforçaram ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), que, para eles, representa um risco à liberdade de expressão. “Não vamos nos calar”, gritou um dos manifestantes, em cima do carro de som.
Eles criticaram a prisão do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), que foi preso por ataques a ministros do STF. Também pediram a liberdade do ex-deputado e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson.
Formada em sua imensa maioria por mulheres e homens brancos, de classe média alta, a motocarreata voltou a usar um dos jargões bolsonaristas, chamando o presidente de “mito”.
O percurso, que se iniciou em uma região cercada por condomínios de luxo, se encerrou perto do quartel do Exército em Goiânia.
Sem estimativa de manifestantes
De acordo com a Polícia Militar (PM), não houve ocorrência de fatos graves durante a manifestação. A corporação também não informou a quantidade estimada de participantes
Além da PM, equipes do Corpo de Bombeiros também acompanharam a manifestação. A reportagem não viu qualquer equipe da Agência Municipal de Trânsito (AMT) durante o percurso.