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Só a ganância explica ex-mulher defender Jairinho, alega pai de Henry

Disse ainda que, no início, a mãe do garotinho, Monique Medeiros, não queria ter filhos. Ela e o atual marido, Dr. Jairinho, estão presos

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Polícia do Rio investiga a morte de Henry Borel
1 de 1 Polícia do Rio investiga a morte de Henry Borel - Foto: Reprodução redes sociais

Rio de Janeiro – “A ganância é muito clara para mim”, disse o pai de Henry Borel, Leonel Borel, em entrevista ao Jornal Extra. Ele analisou o comportamento da ex-mulher, Monique Medeiros, ao proteger o atual marido, o médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, Dr. Jairinho (sem partido), um mês depois da morte do filho.

O casal está preso acusado do crime. Segundo a polícia, serão indiciados por homicídio duplamente qualificado e tortura. Os dois alegam acidente doméstico.

“Esse lado narcisista dela aparece nas fotos que fazia. Em 10 anos de casamento, era sempre ela na frente, e todo o resto para trás”, afirmou Leonel. Ao ser chamada para prestar depoimento na 16ª (Barra da Tijuca), Monique tirou selfie na delegacia.

O pai de Henry revelou ainda que, inicialmente, a ex-mulher não queria filhos, mas depois curtiu o menino. “Num primeiro momento, a gravidez foi um baque para ela. Monique tinha feito uma lipoaspiração e colocado silicone. Estava com o corpo legal”, contou.

A mãe do menino, logo depois do sepultamento, foi ao salão de beleza. Em janeiro, com pouco mais de três meses de relacionamento com Jairinho, começou a trabalhar como assessora do conselheiro Luiz Antônio Guaraná, com salário de R$ 12.177,04. Depois da morte do garoto, Monique foi exonerada.

“Ela trocou a vida que tinha numa casa em Bangu para viver num condomínio de luxo na Barra da Tijuca. Passou a ter um bom emprego [no Tribunal de Contas do Município]. Imagino que o que a gente tinha não era muito bom para ela. Monique queria muito mais. Eu dei carro, dei cartão de crédito, mas isso não foi suficiente”, assinalou Leonel.

Monique soube, no dia 12 de fevereiro, pela babá Thayna de Oliveira Ferreira, que o filho sofria agressões de Jairinho. “Ela teve várias oportunidades para me contar. Como é que foi dormir ao lado de alguém que matou o filho dela?”, questionou o pai do garotinho.

O caso Henry

O caso começou a ser investigado como acidente doméstico, como sustentam Jairinho e Monique. Eles levaram o menino já morto para o hospital Barra D’or em 8 de março. Mas laudo de exame cadavérico constatou morte violenta por múltiplas lesões no corpo do menino.

O pai deixou Henry na casa da mãe no dia 7 de março, saudável e sem nenhuma marca de agressão. A polícia planeja encerrar o caso em 30 dias. O casal é suspeito de homicídio duplamente qualificado e tortura.

De acordo com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), Monique está presa no Instituto Penal Ismael Sirieiro, em Niterói, região metropolitana. Jairinho foi levado para o presídio Pedrolino Werling de Oliveira, no Complexo de Gericinó, em Bangu, zona oeste. Em razão da pandemia do coronavírus, os dois vão ficar em isolamento por 14 dias.

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Dr. Jairinho, padrasto do garoto
Henry Borel Medeiros
Henry chegou ao hospital com diversas marcas de agressão
Leniel e Henry Borel
O garotinho morreu no dia 8 de março
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