Só 2% dos brasileiros acham que Brasil vai mal por culpa do STF
Pesquisa Exame/Ideia mostra que 61% dos brasileiros acham que o país está no rumo errado, e 39% deles culpam o governo federal
atualizado
Compartilhar notícia
A última pesquisa Exame/Ideia, divulgada na noite dessa quinta-feira (21/4), perguntou aos entrevistados se eles achavam que o Brasil está no caminho certo ou no errado: 61% disseram que o país está no rumo errado, e 37% afirmaram acreditar que está tudo bem. A pergunta seguinte foi a quem respondeu que a nação vai mal: de quem é a culpa?
As respostas sinalizam que, na batalha entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o Supremo Tribunal Federal (STF), o Judiciário está com mais moral. A responsabilidade pela situação do Brasil é do governo federal para 39% dos entrevistados. Apenas 2% responderam que a culpa é do STF, em empate com a imprensa. É mais baixo índice dos atores apontados como responsáveis. Veja:
Na sua opinião, quem é o principal responsável pelo Brasil estar no rumo errado (apenas para quem respondeu assim na pergunta anterior)?
O governo federal – 39%
O povo brasileiro – 19%
Os políticos em geral – 13%
O governo estadual de seu estado – 7%
A Câmara dos Deputados – 5%
O Senado Federal – 4%
A pandemia – 3%
O STF – 2%
A imprensa – 2%
Todos – 4%
Não sabe – 2%
O presidente Jair Bolsonaro tem repetido, em seus discursos, a tentativa de responsabilizar outros atores pelos problemas do país. Ora a crítica maior recai sobre o STF, que não o deixaria governar, ora sobre os governos estaduais e suas medidas de enfrentamento à pandemia (Bolsonaro sempre critica duramente a política que chama de “fique em casa, a economia a gente vê depois”, que embasou as medidas iniciais de enfrentamento à escalada violenta da Covid-19, no início da pandemia).
Na questão da alta dos preços dos combustíveis, o presidente joga a responsabilidade em um momento para a Petrobras, em outro para o mercado internacional, no seguinte para os governos do PT e seus escândalos na petroleira.
A pesquisa Exame/Ideia parece mostrar que o discurso de Bolsonaro tem tido pouca adesão dos brasileiros. A análise foi feita entre 15 e 20 de abril, por telefone, com 1.500 entrevistados. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número BR-02495/2022.