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Situação do fogo força Congresso a avançar com a autoridade climática

Presidente Lula anunciou a criação do cargo de autoridade climática para articular políticas públicas de combate às mudanças climáticas

atualizado

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Imagem colorida de um incêndio de grandes proporções na Floresta Nacional de Brasília, vista do alto
1 de 1 Imagem colorida de um incêndio de grandes proporções na Floresta Nacional de Brasília, vista do alto - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou na semana passada a criação da Autoridade Nacional de Segurança Climática, que terá como responsabilidade articular políticas públicas para enfrentamento às mudanças climáticas. O deputado federal Nilto Tatto (PT-SP), coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista na Câmara dos Deputados, afirmou, em entrevista ao Metrópoles, que a situação de emergência climática vivida pelo Brasil fará com que o Congresso Nacional avance com a criação do cargo.

“Este evento que a gente está assistindo agora, extremo dessas queimadas dos incêndios, essa seca prolongada demais, aquilo que nós assistimos no Rio Grande do Sul, eu acredito que o Congresso Nacional vai estar mais sensibilizado para poder ter uma autoridade climática à altura do que o Brasil necessita neste momento”, disse o coordenador da Frente Ambientalista.

Confira o trecho:

O cargo já era discutido desde 2022, durante as eleições presidenciais, no entanto, a criação efetiva só deve ocorrer agora, por conta da emergência provocada pelos incêndios florestais em diferentes regiões do Brasil.

Para o coordenador da Frente Ambientalista, não havia ambiente político para aprovação da medida provisória para criação da autoridade climática no começo do governo Lula. Ele cita, por exemplo, que o Congresso Nacional retirou do Ministério do Meio Ambiente o Cadastro Ambiental Rural (CAR), responsável por auxiliar nas medidas de enfrentamento ao desmatamento e queimadas ilegais.

“A autoridade climática é fundamental para a gente ter, primeiro, um espaço no centro do poder, ali alocado, próximo da Presidência da República para, de certa forma, articular, coordenar esse conjunto de ações que estão em andamento em diversos ministérios para enfrentamento da crise climática e agendas que são estratégicas”, esclarece Nilto Tatto.

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Chapada dos Guimarães e dos Veadeiros são apenas dois dos parques consumidos pelo fogo.
Área próxima da UFG em Goiânia foi destruída por incêndio
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Incêndio foi provocado após trabalhadores colocarem fogo em lixo

Divulgação/PCGO
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Chapada dos Guimarães e dos Veadeiros são apenas dois dos parques consumidos pelo fogo.

Reprodução/ICMbio
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Área próxima da UFG em Goiânia foi destruída por incêndio

Delegacia de Meio Ambiente/ Goiás
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Hugo Barreto/Metrópoles (@hugobarretophoto)
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PRF/divulgação

O Metrópoles mostrou que a bancada em defesa do agronegócio no Congresso Nacional espera que o governo Lula tenha transversalidade para escolha do nome que irá assumir o posto de autoridade climática. Para esses deputados, não é possível que seja uma indicação ideológica.

No primeiro momento, ainda em 2023, Tasso Azevedo, engenheiro florestal e coordenador do MapBiomas, foi sondado para o cargo. Agora, o governo Lula ainda não indicou quem poderá assumir o posto.

Veja a entrevista completa:

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