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Síndrome Respiratória Aguda Grave: casos no país aumentam em 135%

Novo boletim InfoGripe, da Fiocruz, divulgado neste sábado (15/01), aponta aumento de casos em todas as faixas etárias a partir dos 10 anos

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1 de 1 UTI Emilio Ribas São Paulo - Foto: Andre Lucas/Getty Images

Rio de Janeiro – Após um mês sem divulgação, devido ao apagão de dados causado pela falha cibernético no Ministério da Saúde, a nova edição do boletim InfoGripe, da Fiocruz, divulgada neste sábado (15/01), mostrou que houve aumento de 135%, em um mês, nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

O levantamento compara as três últimas semanas (que inclui um período de janeiro e dezembro) com as três últimas semanas do mês de novembro.

A quantidade de casos subiu de 5,6 mil para 13 mil. A Síndrome Respiratória Aguda Grave pode estar associada a sintomas de infecções causadas por coronavírus, influenza e outros vírus respiratórios.

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“A velocidade com que com que a Covid-19 se espalha entre a população cresceu, semanalmente, de 4% para 30%”, afirmou o pesquisador Marcelo Gomes, responsável pelo InfoGripe.

Casos em crianças

Houve aumento de casos em todas as faixas etárias a partir de 10 anos, desde o fim de novembro, até o presente momento, de acordo com a Fiocruz.

“Dados laboratoriais apontam que esse aumento foi consequência tanto da epidemia de gripe quanto pela retomada do crescimento de casos de Covid-19”, diz o boletim.

Aumento em 25 estados

O crescimento de casos atingiu 25 das 27 unidades da federação. Pelos dados colhidos no fim de dezembro e no começo de janeiro, houve predomínio de contágio por Covid, embora no fim de novembro tenha ocorrido aumento significativo de casos de influenza A (gripe).

Marcelo Gomes, da Fiocruz, avalia que o aumento de casos, mesmo antes das festas de fim de ano, mostra que houve risco significativo para a população, especialmente em eventos com muitas pessoas.

“Esse fato torna fundamental a retomada de ações de conscientização da população e minimização de risco para mitigar o impacto ao longo do início do ano de 2022. Tais dados também deixam claro a importância do cancelamento de grandes eventos de réveillon por parte das autoridades de diversas localidades, ainda que os dados de notificação estivessem apresentando problemas na sua divulgação”, acrescentou.

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