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Sindicatos perderam 20% de associados em sete anos, diz IBGE

Somente entre 2017 e o ano passado, menos 1,5 milhão de trabalhadores associados a sindicatos deixaram as entidades

atualizado

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Jair Bolsonaro se re˙ne com o presidente de Portugal, Marcelo R
1 de 1 Jair Bolsonaro se re˙ne com o presidente de Portugal, Marcelo R - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que, em sete anos, o número de associados a sindicatos caiu 20%.  Em 2012, 14,4 milhões de pessoas eram sindicalizadas, o que representava 16,1% daqueles com trabalho formal. O número caiu para 11,5 milhões no ano passado (12,5% das pessoas ocupadas).

Os dados divulgados nesta quarta-feira (18/12/2019) indicam que o distanciamento de empregados e sindicatos continua. Na comparação entre 2017 e o ano passado, a queda atingiu 11,9%.

Isso significa 1,5 milhão de trabalhadores associados a sindicatos a menos em apenas um ano. A temporada coincidiu com a aprovação da reforma trabalhista e com o fim do imposto sindical, realizações do governo de Michel Temer (MDB).

As regiões Norte (10,1%) e Centro-Oeste (10,3%) apresentaram as estimativas mais baixas daqueles que continuam sindicalizados, enquanto as regiões Sul (13,9%) e Nordeste (14,1%), as mais altas.

No DF, a queda alcançou 23%, passando de 18,1% em 2017 (255 mil) para 13,6% em 2018 (195 mil). Entre 2012 (285 mil), quando a sindicalização de pessoas ocupadas era de 21,7%, e 2018, a queda é ainda mais brusca: o equivalente a 31,6%.

O governo federal estuda mudanças na legislação que regulamenta o setor. A ideia do governo é que os sindicatos passem a funcionar com a lógica de livre mercado. O estado deixaria de ter participação na relação entre empregados e empregadores.

A Constituição garante a liberdade sindical e a livre associação. Atualmente, alguns sindicatos atuam informalmente com um registro dado pelo governo.

Reforma trabalhista
A reforma trabalhista feita durante o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB) entrou em vigor em novembro de 2017 e alterou pontos como o fim da obrigatoriedade de pagar a contribuição sindical, que passou a depender de autorização dos trabalhadores.

As mudanças afetaram os sindicatos, que tiveram queda na arrecadação. As entidades angariaram R$ 3,6 bilhões, em 2017, para R$ 500 milhões, em 2018, sem a contribuição sindical. A cobrança era feita em um dia de trabalho por ano de desconto da folha salarial dos trabalhadores.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) defende que o repasse deve ser uma escolha feita por “uma categoria engajada e consciente” da necessidade de fortalecimento da entidade que de fato defenda seus interesses.

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