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Sindicatos dizem a Lula que não querem volta de imposto do setor

Grupo de sindicatos ainda defendeu para Lula uma nova política de valorização do salário mínimo a partir de 2023

atualizado

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Breno Esaki/Especial Metrópoles
O eleito presidente Lula se reúne com as centrais sindicais ao lado de Gleisi Hoffman, no gabinete de transição. Na imagem, eles conversam ao redor de mesa, no CCBB - Metrópoles
1 de 1 O eleito presidente Lula se reúne com as centrais sindicais ao lado de Gleisi Hoffman, no gabinete de transição. Na imagem, eles conversam ao redor de mesa, no CCBB - Metrópoles - Foto: Breno Esaki/Especial Metrópoles

Em reunião com o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta quinta-feira (1º/12), representantes de sindicatos reforçaram que não defendem a volta do imposto sindical. Segundo o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, que participou do encontro no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), esse ponto é consenso.

De acordo com Patah, ficou claro que as centrais não querem a revogação da reforma sindical. “Nós não queremos imposto sindical, mas repactuar alguns temas”, disse ele, citando trabalho intermitente como um exemplo.

“É consenso, unanimidade, não vai voltar mais o imposto sindical. Não volta”, frisou o representante sindical. Para Patah, quem vai financiar o movimento sindical são os trabalhadores, que vão definir modelagem e valores em assembleia.

O sindicalista afirma que qualquer país do mundo tem uma política de custeio para os movimentos laborais. “Nenhum sindicato do mundo vive apenas da mensalidade, isso não existe. Nós queremos, mas que não seja do formato anterior, onde tinha a contribuição sindical”, concluiu.

Moisés Selerges, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, também esteve com o presidente eleito, que confirmou que o imposto sindical não deve retornar. “Nós não queremos imposto sindical, deixamos claro isso”, disse.

Selerges explicou que a defesa da categoria é uma nova forma coletiva de financiamento entre sindicatos e trabalhadores. “Defendemos na reunião que os trabalhadores possam escolher financiar os sindicatos com os trabalhadores”, disse

Lula, que foi metalúrgico e iniciou sua trajetória política como líder sindical em São Paulo, recebeu hoje representantes sindicais na sede do Gabinete de Transição. Integrantes das centrais estão representados no grupo temático sobre mercado de trabalho da equipe de transição.

Salário mínimo

Outro ponto tratado na reunião com as centrais sindicais foi a política do salário mínimo. Na campanha, o PT defendeu o aumento do mínimo acima da inflação. “Eu imagino que já no começo do ano pode ser anunciada uma política de distribuição de renda através do salário mínimo”, afirmou o presidente da UTG.

“O presidente tem esse compromisso e, com certeza, ele vê isso com bons olhos. Não posso falar por ele. Eu imagino que uma das medidas mais importantes do começo do ano, a meu ver, vai ser uma política do salário mínimo”, aposta Patah.

O sindicalista diz saber que, pelo menos no início de 2023, o valor não será o desejado. “Mas vai ter uma política que, em alguns anos, nós vamos recuperar um dos instrumentos de distribuição de renda, que é o salário mínimo”, afirmou.

Selerges defendeu o possível aumento do salário mínimo, apesar de a medida ser criticada devido ao quadro inflacionário do país. “É importante ter aumento do salário mínimo e ele [Lula] dizia isso na campanha [presidencial]. Quando o presidente Lula se elegeu pela primeira vez [2003 a 2006], houve aumento e não houve aumento da inflação”, disse o sindicalista.

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Reunião na transição na quinta-feira (1º/12)
A reunião acontece no momento em que a revogação de reformas feitas em governos passados, como a trabalhista, é discutida
Lula em reunião com centrais sindicais
O presidente da República recém-eleito, Luiz Inácio Lula da Silva
Líderes de sindicatos em reunião com Lula
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Ao lado de Gleisi Hoffmann, Lula se reuniu com centrais sindicais na sede da equipe de transição

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Reunião na transição na quinta-feira (1º/12)

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A reunião acontece no momento em que a revogação de reformas feitas em governos passados, como a trabalhista, é discutida

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Lula em reunião com centrais sindicais

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Líderes de sindicatos em reunião com Lula

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Veja a lista das centrais que participaram da reunião com o presidente eleito Lula:

CUT
Força Sindical
UGT
CTB
NCST
CSB
Intersindical Central Sindical
Pública
Conlutas
Intersindical Instrumento de Luta
Fequinfar
Bancários
Contraf
Metalúrgicos do ABC
Apeoesp
Contag
FUP
Metalúrgicos Grande Curitiba
Federação dos Metalúrgicos de São Paulo
Eletricitários
Trabalhadores da Construção SP
Fenamoto

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