Sindicato: Pix está ameaçado se Bolsonaro der aumento só a policiais
Os servidores do Banco Central prometem interromper serviços do Pix, caso Medida Provisória seja publicada com reajuste sem inclui-los
atualizado
Compartilhar notícia
Os serviços que viabilizam e dão segurança ao Pix serão interrompidos caso o governo publique Medida Provisória prevendo aumento salarial somente para policiais federais. De acordo com o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), a publicação do documento sem incluir a categoria vai gerar reações.
Os servidores têm greve aprovada para iniciar no dia 1º de abril. Eles pedem reajuste de 26,3% e uma reestruturação da carreira de analista. A paralisação dos serviços do Pix vai além do movimento.
“A greve está mantida. Se a MP sair só com aumento para policiais, vamos parar os serviços do Pix como canais de atendimento, monitoramento da segurança e atualizações. Não vamos tirar o Pix do ar, não é isso. Vamos parar os serviços do Pix. Pode ser que saia do ar por falta dos serviços operacionais, mas não somos nós que tiraremos”, afirmou o presidente do Sinal, Fábio Faiad.
Se a MP não sair, a greve será mantida com negociações e reuniões. A indignação da categoria ocorreu após a informação de que há um risco de a MP ser publicada até 2 de abril com o reajuste só para policiais. Isso provocará a interrupção dos serviços do Pix.
Nesta terça-feira (29/3), o BC já havia declarado que tem planos de contingência para garantir o funcionamento de serviços essenciais, como o Pix. O Sinal, por outro lado, diz que os usuários dos serviços bancários podem ser afetados pela greve e pela possível reação à MP sem incluir reajuste para os servidores do Banco Central.