Sindicato ainda não foi comunicado sobre atraso no pagamento de embaixadas
Sinditamaraty terá reunião na tarde desta quinta-feira com a gestão do ministério. Preocupação maior dos funcionários é com auxílio moradia
atualizado
Compartilhar notícia
O Sindicato Nacional dos Servidores do Itamaraty (Sinditamaraty) ainda não foi comunicado oficialmente de eventual atraso no pagamento do aluguel de embaixadas e consulados brasileiros nos próximos três meses. Segundo o jornal O Globo, as verbas para quitar despesas básicas, como conta de luz, telefone e internet e o pagamento de auxílio moradia de parte dos funcionários, também vai atrasar.
Apesar de ainda não ter sido notificado sobre a possibilidade de atraso nos pagamentos, o sindicato acionou o setor jurídico para deixá-lo de sobreaviso. Ainda nesta quinta-feira (28/1) haverá uma reunião com a gestão do Itamaraty e provavelmente o assunto será tratado na ocasião.
O que mais preocupa os servidores é o contingenciamento atingir o benefício dos funcionários. Dificilmente, embaixadas e consulados são despejados de imóveis por atraso no pagamento de aluguel, uma vez que são representantes do Brasil no exterior.
O presidente do Sinditamaraty, o oficial de chancelaria João Marcelo Melo, ponderou que esse problema de contingenciamento não é novo. “Houve pequenos atrasos, que é compreensível porque no fim do ano, às vezes, o orçamento precisa ter alguma complementação”, disse ele.
Segundo ele, que é funcionário do Itamaraty há 15 anos, todo ano o orçamento é um pouco menor que o anterior. “Essa preocupação com o contingenciamento é uma constante”, disse.
Ainda assim, o representante da entidade recorda que o contingenciamento costuma ser anunciado apenas no segundo semestre de cada ano.
O sindicato tem uma decisão judicial favorável desde 2015 determinando o pagamento do auxílio moradia nas datas devidas.itam
“Esse ressarcimento é considerado uma parcela alimentícia, apesar de não estar incluído no contracheque, considera-se uma parcela alimentícia, porque é moradia”, explicou o oficial de chancelaria. Segundo ele, o pagamento é sujeito a pena de multa.
A notícia sobre eventual corte nos pagamentos ocorre em meio a críticas ao ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, pelas negociações com países produtores de vacinas, como Índia e China. Nesta quinta-feira (28/1),o presidente Jair Bolsonaro aproveitou para defendê-lo e indicou que é um bom sinal o fato de o chanceler não ser elogiado pela imprensa brasileira.