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Silvio Almeida sobre decisão de Lula: “Pedi para que ele me demitisse”

Silvio Almeida é acusado de assédio sexual. Caso foi revelado pelo Metrópoles, na coluna de Guilherme Amado

atualizado

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O ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, afirmou que pediu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que o demitisse para “conceder liberdade e isenção às apurações, que deverão ser realizadas com o rigor necessário  e que possam respaldar e acolher toda e qualquer vítima de violência” (veja íntegra abaixo).

Silvio Almeida foi demitido após reportagem do Metrópoles, publicada na coluna de Guilherme Amado, revelar denúncias de assédio sexual contra o ministro. Entre as vítimas estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.

Vale destacar que, embora Silvio Almeida afirme na nota que pediu que fosse demitido ao presidente Lula que o demitisse, no Diário Oficial da União (DOU) não consta que a exoneração ocorreu “a pedido”, como é de praxe nesse tipo de publicação.

Veja a íntegra da nota:

Nesta sexta-feira (6), em conversa com o Presidente Lula, pedi para que ele me demitisse a fim de conceder liberdade e isenção às apurações, que deverão ser realizadas com o rigor necessário e que possam respaldar e acolher toda e qualquer vítima de violência. Será uma oportunidade
para que eu prove a minha inocência e me reconstrua.

Ao longo de 1 ano e 8 meses à frente do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, reconstruímos a política de direitos humanos no Brasil. Acumulamos vitórias e conquistas durante essa jornada que jamais serão apagadas.

A luta histórica do povo brasileiro e sua libertação são maiores que as aspirações e necessidades individuais. As conquistas civilizatórias percebidas pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) correm risco de erosão imediata, o que me obriga a ir ao encontro das lutas pelas quais dediquei minha vida inteira.

Não colocarei em risco o progresso alcançado em defesa do povo invisibilizado, vítima de um massacre ininterrupto, pobre, favelado e à margem do processo civilizatório. A segurança e proteção da mulher, sua emancipação e a valorização das suas subjetividades são a força motriz
e a potência reformadora e proeminente que o país precisa.

É preciso combater a violência sexual fortalecendo estratégias compromissadas com um amplo espectro de proteção às vítimas. Critérios de averiguação, meios e modos de apurações transparentes, submetidos à controle social e com efetiva participação do sistema de justiça
serão a chave para efetivar políticas de proteção à violência estimulada por padrões heteronormativos.

Em razão da minha luta e dos compromissos que permeiam minha trajetória, declaro que incentivarei indistintamente a realização de criteriosas investigações. Os esforços empreendidos para que tenhamos um país mais justo e igualitário são frutos de lutas coletivas e não podem
sucumbir a desejos individuais.

Sou o maior interessado em provar a minha inocência. Que os fatos sejam postos para que eu possa me defender dentro do processo legal.

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