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Silvio Almeida sobre acusações de envolvimento com o CV: “Calúnia”

Deputados acusam Silvio Almeida de crime de responsabilidade por custear, por meio do ministério, viagem da Dama do Tráfico a Brasília

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
impeachment colorida mostra Silvio Almeida com as mãos encobrindo parte do rosto, segurando a lente direita dos seus óculos e com o olhar direto ao deputados na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime organizado; ele veste terno preto, camisa branca e gravata preta - Metrópoles
1 de 1 impeachment colorida mostra Silvio Almeida com as mãos encobrindo parte do rosto, segurando a lente direita dos seus óculos e com o olhar direto ao deputados na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime organizado; ele veste terno preto, camisa branca e gravata preta - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, chamou de “caluniosas” as acusações de deputados sobre uma suposta relação entre ele e a facção criminosa Comando Vermelho. As críticas foram feitas nesta terça-feira (5/12), na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFC) da Câmara dos Deputados.

A audiência com Silvio Almeida foi solicitada em 14 requerimentos. Deputados pedem que o ministro explique porque o Ministério dos Direitos Humanos cusetou viagem de Luciane Barbosa Faria, conhecida como Dama do Tráfico, para agendas vinculadas a órgãos federais em Brasília.

Informações divulgadas pelo jornal Estadão apontam que Luciane é esposa do traficante e líder do Comando Vermelho (CV) no Amazonas, Clemilson dos Santos Farias.

Durante a audiência, o deputado Marcos Pollon (PL-MS) questionou: “A relação do senhor com o Comando Vermelho antecede o seu exercício no ministério ou veio após a sua posse no Ministério dos Direitos Humanos?”.

Silvio Almeida reagiu e criticou as insinuações feitas pelo parlamentar: “Vossa excelência faz uma pergunta que insinua minha relação com o Comando Vermelho. O senhor está fazendo uma insinuação caluniosa e difamatória”, disse o ministro.

“Eu sou ministro de Estado, não sou delegado de polícia. O Ministério Público já está inestigando esta senhora. O senhor está fazendo uma insinuação maliciosa sobre uma possível vinculação minha a uma organização criminosa. Esclareça essa informação porque vou tomar providências cabíveis”, continuou Silvio Almeida.

Veja:

Atrito com parlamentares

O ministro também reagiu a comentários de outros parlamentares. Eduardo Bolsonaro (PL-SP) chegou a questioná-lo se existem “negros trans”, em referência à alteração de autodeclaração racial de Flávio Dino em 2018. Naquele ano, ele trocou o dado de “branco” para “pardo” junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quando concorria ao Governo do Maranhão.

Após os comentários de Eduardo Bolsonaro, o ministro afirmou que o deputado “não respeita as questões raciais”.

“Demonstra que não tem o menor respeito às questões raciais. Se tivesse, não usaria esses termos. O senhor não tem e o senhor não está me respeitando nessse momento. Porque essa pergunta dirigida a mim?”, questionou o ministro.

Ele também protagonizou embates com Kim Kataguiri (União-SP). O ministro afirmou que o parlamentar compõe a extrema direita e o parlamentar reagiu, afirmando que Silvio Almeida estava fazendo “chilique”.

Dama do Tráfico

Luciane foi recebida em reuniões no ministéiro da Justiça e Segurança Pública e em um evento no ministério dos Direitos Humanos.

A escolha do nome de Luciane para participar do evento no DF foi feita pelo Comitê Estadual de Combate à Tortura do Amazonas (CEPCT-AM), órgão que conta com a participação de integrantes do governo do Amazonas, Ordem dos Advogados, ONGs e do próprio Ministério Público, que denunciou Luciane por tráfico e lavagem de dinheiro em agosto.

O Instituto Liberdade do Amazonas, presidido por Luciane, começou a fazer parte do CEPCT-AM também em agosto deste ano, após um edital para a inclusão de entidades da sociedade civil no Comitê. Segundo matéria do Estadão, o Ministério Público acredita que essa organização é financiada com dinheiro da facção carioca.

Além das idas aos ministérios, Luciane foi recebida por parlamentares no Congresso. Ela é esposa de Clemilson dos Santos Farias, o “Tio Patinhas”, e nas redes sociais, se apresenta como defensora da luta pelos direitos dos presos do sistema carcerário amazonense. Clemilson está preso desde dezembro de 2022.

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