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Silvio Almeida: não se pode admitir oportunismo no caso de Marajó

Silvio Almeida negou que o governo do presidente Lula (PT) tenha cancelou as ações, políticas e projetos voltados ao Marajó

atualizado

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impeachment colorida mostra Silvio Almeida com as mãos encobrindo parte do rosto, segurando a lente direita dos seus óculos e com o olhar direto ao deputados na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime organizado; ele veste terno preto, camisa branca e gravata preta - Metrópoles
1 de 1 impeachment colorida mostra Silvio Almeida com as mãos encobrindo parte do rosto, segurando a lente direita dos seus óculos e com o olhar direto ao deputados na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime organizado; ele veste terno preto, camisa branca e gravata preta - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Nesta sexta-feira (23/2), o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, negou que o governo do presidente Lula (PT) tenha cancelou as ações, políticas e projetos voltados à Ilha do Marajó, no Pará. Segundo ele, não se pode admitir que oportunistas se aproveitem da situação para desinformar e criar “pânico moral”.

“O que a gente não pode permitir e não vai admitir é que oportunistas utilizem as mazelas e os problemas que existem em Marajó para criar pânico moral, para associar os seus moradores e as pessoas que ali vivem com um problema gravíssimo e que, de fato, é um problema do Brasil, que é o abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes”, afirmou em vídeo publicado pela pasta.

Silvio Almeida destacou que, em 2023, o governo federal lançou o programa Cidadania Marajó, que tem entre seus objetivos garantir os direitos fundamentais e combater a exploração e abuso sexual de crianças e adolescentes. As ações ainda contam com apoio das forças de segurança para desarticular qualquer tipo de rede criminosa.

“O que Marajó precisa, além  de uma forte presença do Estado para reprimir, precisa também de política pública porque nós precisamos combater a pobreza e a desigualdade”, completou o ministro.

Em posicionamento anterior, a pasta reforçou que não se pode associar as imagens de vulnerabilidade social à exploração sexual de crianças e adolescentes no arquipélago.

“A realidade de exploração sexual na região sabe-se preocupante e histórica, mas não autoriza sua utilização de forma irresponsável e descontextualizada. Isso apenas serve ao estigma das populações e ao agravamento de riscos sociais”, destacou a pasta de Silvio Almeida.

Segundo o Ministério dos Direitos Humanos, foram realizadas visitas ao território marajoara, com delegações do governo federal e das autoridades locais.

“As ações do Cidadania Marajó contam com apoio das forças de segurança federais, a exemplo da Polícia Federal [PF], da Polícia Rodoviária Federal [PRF], do Ministério da Defesa e da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará, no sentido de desarticular redes de exploração, abuso e violência sexual”, frisa.

O Ministério dos Direitos Humanos também destacou que fechou parceria com a Universidade Federal do Pará com investimento de R$ 1 milhão, sendo R$ 500 mil voltados ao Marajó, para implementação da Escola de Conselhos no Pará, que atenderá dezenas de conselheiros tutelares.

Vídeo viral

A situação no Marajó ganhou projeção nacional, recentemente, após um vídeo circular nas redes sociais da cantora Aymeê Rocha, em um reality show evangélico. Na canção, a jovem fala sobre a exploração de crianças no arquipélago paraense.

“Enquanto isso no Marajó, o João desapareceu esperando os ceifeiros da grande seara”, diz um trecho da música. Depois da repercussão, vídeos de crianças em situação de vulnerabilidade social na Ilha do Marajó também começaram a ser compartilhados.

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