Siciliano atrela mandado de busca ao fim da intervenção militar no Rio
Vereador nega envolvimento com esquema de grilagem que pode ter relação com a morte da vereadora Marielle Franco
atualizado
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Após mais de cinco horas prestando esclarecimentos, o vereador Marcello Siciliano (PHS) deixou por volta das 16h desta sexta-feira (14/12) a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, na Cidade da Polícia, zona norte do Rio de Janeiro, onde esteve desde as 10h30. Ele é investigado por suposta participação em esquema de grilagem de terra que pode ter relação com o assassinato da vereadora Marielle Franco.
Pela manhã, policiais civis recolheram objetos em seis endereços relacionados a Siciliano, inclusive em seu gabinete na Câmara dos Vereadores, no centro da cidade. Ele nega qualquer envolvimento com esquema de grilagem e se diz surpreendido pelas investigações.
O vereador ainda associa as apreensões feitas em seus imóveis a uma tentativa da equipe de intervenção militar na segurança do Rio de dar uma resposta à execução de Marielle.
“Vim aqui mais uma vez me colocar à disposição da Justiça. Hoje, aos 44 do segundo tempo, quando a intervenção está para acabar, fazem uma busca na minha casa”, disse o vereador ao deixar a delegacia.
Siciliano afirmou ainda que os mandados de busca e apreensão foram expedidos por “uma vara que não sei qual é”. Argumentou, também, ter sido incluído no processo de investigação do assassinato de Marielle como testemunha e que não teve “acesso aos autos”.
Há sete meses o vereador prestou depoimento no caso Marielle após ser acusado por Orlando de Oliveira Araújo, conhecido como Orlando de Curicica, de envolvimento no assassinato da vereadora e seu motorista, Anderson Gomes. “Hoje estou aqui passando mais uma vergonha, expondo minha família, meus filhos. É uma coisa até covarde contra a verdade da morte de Marielle”, acrescentou.