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Setor do aço quer conversa de Temer com Trump para derrubar sobretaxa

Presidente do Conselho do Instituto Aço Brasil diz que o ideal é o presidente brasileiro tentar negociar diretamente com o norte-americano

atualizado

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Trump 2
1 de 1 Trump 2 - Foto: DREW ANGERER/GETTY IMAGES

O presidente do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil, Alexandre Lyra, pediu ao presidente Michel Temer, nessa terça-feira (20/3), que telefone ao mandatário norte-americano Donald Trump para tentar livrar os produtos siderúrgicos brasileiros da sobretaxa de 25% que será aplicada pelos Estados Unidos a partir do próximo dia 23. Segundo Lyra, Temer se comprometeu a fazer o contato.

O setor avalia, segundo Lyra, que uma negociação governo a governo pode ser mais rápida do que a via formalizada na segunda-feira (19) pelo Departamento de Comércio dos EUA, quando foi apontada a possibilidade de exclusão de alguns produtos mediante pedidos de pessoas ou empresas americanas. O regulamento diz que o processo deve durar 90 dias, mas as empresas temem que ele tome mais tempo do que isso. Essa via é a preferida também pelo setor de alumínio, sobre o qual incidirá taxa de 10%.

A negociação governo a governo é um caminho possível. Porém, os EUA ainda não abriram conversas com o Brasil. Já foram enviadas cartas ao secretário de Comércio, Wilbur Ross, e ao representante de Comércio, Robert Lighthizer, pedindo para negociar. Porém, ainda não há resposta.

Lyra expôs os argumentos que o presidente pode usar na conversa. Primeiro, 80% do que o Brasil exporta é reprocessado nos EUA. “Não roubamos emprego de metalúrgico americano”, frisou Lyra. Além disso, o Brasil é o maior importador de carvão americano, com compras de US$ 1 bilhão. “Tem essa complementaridade”, disse.

Na relação comercial, o Brasil acumulou déficit de US$ 90 bilhões com os EUA na última década. Se for considerado o setor de serviços, o déficit chega a US$ 250 bilhões. Ou seja, a relação é favorável aos norte-americanos.

O setor também pediu a Temer que reveja a decisão tomada pela Câmara de Comércio Exterior (Camex) em janeiro deste ano, que concluiu pela aplicação de uma sobretaxa antidumping sobre o aço importado da China e da Rússia, mas adiou a aplicação da medida por um ano. “Ganhamos, mas não levamos”, disse. O setor sustenta que, com a decisão dos EUA de sobretaxar, o quadro mudou. Isso justificaria uma revisão.

Alumínio
O presidente executivo da Associação Brasileira de Alumínio, Milton Rego, disse que para as exportadoras brasileiras do produto o ideal é haver uma negociação governo a governo, pois os compradores americanos de seus produtos não são grandes empresas, ao contrário do que acontece com o aço. As vendas são mais pulverizadas. As exportações de alumínio para os EUA somam US$ 150 milhões, enquanto as de aço são de US$ 2,6 bilhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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