Setor de eventos pede retomada e reclama: “Rótulo injusto de sermos um risco”
O segmento está há 18 meses paralisado por causa da pandemia. Associação diz que mais de 450 mil empregos foram afetados
atualizado
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A Associação Brasileira de Promotores de Eventos (Abrape) divulgou, nesta segunda-feira (20/9), um manifesto exigindo um posicionamento dos poderes públicos em relação ao segmento. “Não aceitamos o rótulo injusto de sermos um risco para a sociedade neste momento”, diz a nota. A entidade afirma que mais de 450 mil empregos foram afetados.
O documento exige, também, isonomia no tratamento dispensado a outros setores. “É injusto e desproporcional exigir do segmento a realização de eventos-teste. Outros setores com grande fluxo de pessoas, como shoppings e a aviação comercial, não tiveram que seguir a mesma exigência e já retomaram as atividades”, aponta o texto.
A Abrape pede o retorno das atividades no “formato tradicional”, seguindo protocolos de segurança sanitária. “Queremos que governos parem de usar o nosso setor como muleta para mostrar serviço e prestar contas”, destaca.
A associação destaca: “Esta carta tem um tom de cansaço e de indignação. Completamos exatos 18 meses paralisados”.
O setor pede ainda a retomada baseada nas campanhas de vacinação que “avançam e exemplos bem-sucedidos empreendidos em outros países demonstram que é possível retomar as atividades no modelo tradicional. É a ciência que nos garante condições seguras de enfrentar a retomada, inclusive diante de variantes que poderão aparecer”, diz.
Nesta segunda-feira (20/9), o Ministério da Saúde divulgou que 50% da população brasileira adulta, estimada em 158 milhões de pessoas, completou o esquema vacinal com as duas doses ou a dose única da vacina Covid-19. O número corresponde a 80,5 milhões de brasileiros.
A Abrape também solicita uma posição dos poderes públicos pela:
1) retomada integral, sem restrições, para público 100% imunizado dos eventos em todos os seus formatos.
2) isonomia no tratamento dispensado a outros setores. Formatos similares a outros segmentos já liberados em atividade devem ser autorizados imediatamente.
“Queremos liberdade para trabalhar, isonomia no tratamento para retomarmos as atividades, o justo. Há décadas que o país reconhece o potencial social e econômico dos eventos, mas a prática ainda está longe do que pressupõe a teoria”, finaliza a nota.