metropoles.com

Servidores: governo Lula ainda pode reajustar benefícios em 2025 e 26

Com reajustes nas remunerações já acordados com o governo, servidores devem pedir correções nos benefícios nos próximos dois anos

atualizado

Compartilhar notícia

Divulgação/MGI
Fotografia colorida mostrando fachada de ministério terrenos da Marinha servidores - Metrópoles
1 de 1 Fotografia colorida mostrando fachada de ministério terrenos da Marinha servidores - Metrópoles - Foto: Divulgação/MGI

Com acordos firmados para concessão de reajustes tanto em 2025 quanto 2026, os servidores do Executivo federal ainda poderão negociar com o governo Lula (PT) novas correções nos benefícios.

Em 2024, os valores do auxílio-alimentação, auxílio-saúde e auxílio-creche aumentaram quase 51%.

Os servidores do Executivo, porém, ainda se queixam da disparidade com relação ao Legislativo e ao Judiciário. Para fins de comparação, enquanto o auxílio-alimentação do Executivo é de R$ 1 mil, os outros dois Poderes pagam, cada um, R$ 1.393,10.

Esses reajustes dos servidores da Administração Pública federal serão negociados no âmbito da Mesa Nacional de Negociação Permanente, coordenada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).

“As reestruturações salariais são para 2025 e 2026. Os benefícios, nós demos reajuste para 2024. Então, evidente que isso [o reajuste nos benefícios] vai estar na pauta [nos próximos dois anos] e nós vamos analisar”, disse ao Metrópoles o secretário de Relações de Trabalho do MGI, José Lopez Feijóo.

“Dependendo da possibilidade orçamentária, essa é uma avaliação que terá que ser feita na Mesa Nacional, porque isso não é uma reivindicação desta ou daquela carreira, é do conjunto das carreiras”, completou ele.

Reserva para reajuste de benefícios para servidores

No Orçamento de 2024, o governo havia reservado R$ 1,5 bilhão para reajustar os benefícios e conseguiu dobrar o volume para R$ 3 bilhões. Feijóo justificou que as comparações não fazem sentido, pois cada Poder tem o seu orçamento próprio.

“Enquanto o orçamento do governo federal tem que atender a demanda da população brasileira, por serviços sociais, por políticas públicas, por investimento em infraestrutura e também aos salários e aos benefícios do funcionalismo, os outros poderes administram os seus recursos muitas vezes apenas para o próprio poder. Então, eles não têm obrigação de cuidar de Bolsa Família, não têm obrigação de cuidar de verbas para educação… A distribuição é essa, é assim que é.”

O reajuste nos benefícios gera mais impacto sobre aqueles funcionários que têm remuneração menor, pois trata-se de um valor absoluto, sem descontos. Em 2024, os valores atualizados são os seguintes:

  • Auxílio-alimentação: R$ 1 mil;
  • Auxílio-saúde: R$ 215; e
  • Auxílio-creche: R$ 484,90.

Todos os acordos assinados dizem que as categorias podem seguir apresentando e discutindo pautas não-remuneratórias, tais como a mudança na nomenclatura das carreiras, a reavaliação das atribuições e a alteração do nível de escolaridade para ingresso, sem impacto orçamentário imediato.

Geralmente, isso inclui o reconhecimento de algum grau de status da carreira que, no futuro, se traduzirá em pedidos de aumento salarial. “Mas isso é do jogo”, ponderou o secretário. “Se nós chegarmos à conclusão que é adequada a reivindicação, por que negá-la?”.

Reestruturação do serviço público federal

Feijóo disse que o governo vai aproveitar os próximos dois anos para fazer um estudo e uma proposta que signifique uma reestruturação das mais de 60 carreiras e 300 cargos existentes no serviço público federal. Ele explicou que essa reestruturação é importante porque, hoje, há uma rigidez no setor público.

Isso vai incluir a extinção de funções que não existem mais devido a avanços tecnológicos e a unificação de cargos que têm atribuições semelhantes, mas tabelas salariais diferentes.

Além disso, outro ponto central será a regulamentação do direito à negociação e do direito de greve nos serviços públicos. Esse texto já está pronto e será apresentado na próxima reunião da Mesa Nacional de Negociação, que deverá ser convocada em setembro. O texto é fruto do Grupo de Trabalho (GT) da regulamentação da Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Projeto que regulamenta greve será apresentado primeiro a servidores

Esse projeto deverá trazer uma lista de atividades essenciais no âmbito da Administração Pública.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?