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Servidores organizam ato contra a Previdência para o dia 13 de agosto

A expectativa é juntar mais de um milhão de trabalhadores nas ruas de todo o país

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Manifestação contra cortes na Educação
1 de 1 Manifestação contra cortes na Educação - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Servidores Públicos, trabalhadores e estudantes estão organizando um ato para protestar contra a reforma da Previdência no próximo dia 13 de agosto, o Dia Nacional de Mobilização, Paralisações e Greves. A expectativa das entidades organizadoras é juntar mais de um milhão de manifestantes nas ruas do Brasil. Em Brasília, o protesto será realizado em frente ao Museu Nacional, a partir das 9h.

Segundo o diretor do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF), Samuel Fernandes, o objetivo é fazer uma manifestação maior do que a de maio, que contou com manifestações em ao menos 170 cidades. Somente na capital do país, o protesto reuniu 6 mil pessoas.

“Nós queremos reunir estudantes, professores e trabalhadores de todo o Brasil. Queremos fazer um grande ato contra cortes na educação, contra os retrocessos desse governo, como a Previdência e os ataques à democracia. Vamos também lutar para revogar a Emenda nº 95 [teto dos gastos]. Temos que lutar contra essa política neoliberal, privatista e antidemocrática”, argumentou.

De acordo com Samuel, os estudantes, servidores e professores também vão fazer uma paralisação geral no dia do protesto. Ao Metrópoles, ele afirmou que as categorias não vão reduzir o calendário de manifestações caso o texto sofra alterações na Câmara dos Deputados ou no Senado, com as votações do segundo turno. “Está mantido o nosso calendário. A agenda é grande e a luta vai continuar“, afirmou.

O professor disse ainda que os trabalhadores pretendem conversar com parlamentares antes do início da votação do texto, marcada para o dia 5 de agosto, para sensibilizá-los sobre o assunto. “A nossa categoria vai trabalhar para sensibilizar os deputados a não votar o texto no segundo turno. E também vamos falar com os senadores para barrar a reforma no Senado”, pontuou. “Estamos entrando em contato desde o início do ano para reverter esses votos”, completou.

Samuel também afirmou que as categorias vão aguardar as repercussões da manifestação para decidir futuros procedimentos.

A Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef) promete usar o seu aparato para apertar o governo contra algumas das propostas básicas do novo texto previdenciário, que prevê aumento na contribuição dos servidores. “Além da exigência da idade mínima — 65 anos homens e 62 mulheres —, 40 anos de contribuição para receber o benefício integral, redução dos valores da aposentadoria, das pensões por morte e por invalidez, a reforma ataca diretamente os trabalhadores e as trabalhadoras do serviço público”, disparou a Condsef, por meio de nota.

Além disso, os funcionários públicos questionam uma norma da reforma que encerra o contrato de trabalho do servidor que se aposentar após a promulgação do texto. De acordo com a Confederação, a demissão do empregado seria parte de um plano maior, que envolve privatizações e o esvaziamento do patrimônio público brasileiro.

Os funcionários públicos vão iniciar as negociações acerca do assunto a partir do dia 5 de agosto, com um trabalho de base junto aos parlamentares. Nos dias 5 e 6, os manifestantes irão protestar junto aos deputados que votaram com a classe, e pretendem levar um boneco gigante em formato de rato. A ideia é fazer uma alusão aos integrantes da casa que estariam “roendo” a Previdência, explicou a Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef). Após o Dia Nacional de Mobilização, os organizadores pretendem encerrar os atos com a Marcha das Margaridas, uma manifestação pelos direitos das mulheres.

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