Servidores do Executivo prometem cruzar os braços em 12 de dezembro
Paralisação de servidores do Executivo federal está marcada para a próxima terça-feira (12/12). Principal demanda é reajuste na remuneração
atualizado
Compartilhar notícia
O Fórum Nacional das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) e o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) convocaram para a próxima terça-feira (12/12) uma paralisação por reajuste salarial.
O ato vai ocorrer dias antes da última reunião de 2023 da Mesa Nacional de Negociação Permanente, que conta com a participação de membros do Executivo e de entidades do funcionalismo público. O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) convocou a reunião para o dia 18/12, a partir das 14h30, para debater a pauta econômica.
Para o presidente do Fonacate, Rudinei Marques, “o governo vai protelar a decisão sobre recomposição salarial para meados de 2024. A hora de reagir é agora”.
Promessa de proposta de reajuste a servidores até 15/12
Em meados de novembro, o governo federal informou que apresentará, até 15 de dezembro, nova proposta para o reajuste dos servidores da União.
“O governo está trabalhando fortemente para poder conseguir espaço orçamentários, espaço financeiro, para consolidar uma proposta que, até o fim do ano, esperamos poder apresentar ao funcionalismo público”, adiantou José Lopez Feijóo, secretário de Relações de Trabalho.
Até o momento, o governo tem R$ 1,5 bilhão disponível para a correção salarial dos servidores federais, o que equivaleria a menos de 1% de reajuste em 2024.
Sem apresentar nova proposta, a gestão Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem sofrido desgaste com os servidores. Diversos setores do funcionalismo público, entre Receita Federal e Polícia Federal (PF), têm ameaçado o governo com paralisações e greves em meio à dificuldade de negociação do reajuste salarial.
A Mesa de Negociação Permanente, ligada ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, reúne representantes do governo e das entidades sindicais para debater questões relacionadas às carreiras públicas. Ela foi criada em 2003, paralisada durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL) e reativada em fevereiro deste ano.