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Servidores do Tesouro e CGU fazem greve de 24h pela 5ª semana seguida

Apenas os servidores de finanças e controle, da CGU e do Tesouro, não chegaram a um consenso sobre o reajuste salarial com o governo federal

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Hugo Barreto/Metrópoles
Sede da CGU, em Brasília concurso
1 de 1 Sede da CGU, em Brasília concurso - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Servidores públicos da carreira de finanças e controle, lotados na Controladoria-Geral da União (CGU) e no Tesouro Nacional, mobilizam, nesta terça-feira (3/9), uma greve de 24 horas. A paralisação das atividades ocorre pela quinta semana consecutiva.

Apenas os funcionários da carreira de finanças e controle não assinaram acordo de reajuste salarial com o governo federal antes do envio do Orçamento de 2025 ao Congresso Nacional.

Eles também integram a única categoria que não chegou a um consenso nas mesas de negociação específicas abertas com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).

Até o momento, o governo Lula (PT) fechou acordos com 98,2% dos servidores do Poder Executivo federal. As negociações vão gerar um impacto orçamentário de R$ 16 bilhões em 2025.

A greve dos servidores

No Tesouro Nacional, a paralisação da categoria acarretará atraso dos repasses para os seguintes programas:

  • Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro)
  • Programa de Financiamento à Exportação (Proex); e
  • Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

Após uma operação-padrão da categoria, também conhecida como operação tartaruga, provocar o adiamento da publicação de relatórios econômicos na semana passada, os servidores afirmaram que novos atrasos estão previstos para outras publicações do Tesouro.

Entre eles, o Relatório Resumido de Execução Orçamentária da União (RREO), o Balanço Geral da União (BGU) do segundo trimestre, e o Relatório de Projeções Fiscais (RPF).

A Controladoria-Geral da União, por sua vez, reivindica por melhores condições de trabalho devido aos impactos dos cortes orçamentários enfrentados pela pasta.

Segundo o Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle (Unacon Sindical), a “falta de recursos está impedindo o pagamento antecipado de diárias para viagens a serviço”. Isso, para eles, “prejudica o planejamento de atividades de fiscalização e auditoria”.

A Unacon Sindical ainda denuncia falhas na estrutura do órgão. “A estrutura da CGU também está comprometida, com desligamento de ar-condicionado, redução no número de ramais telefônicos e até falta de verbas para pagar contratos de serviços de apoio, como limpeza e motoristas. Diversas regionais da CGU registram atrasos no pagamento de condomínios”, destaca trecho de nota.

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