metropoles.com

Servidores de agências reguladoras anunciam greve por 48 horas

A proposta de reajuste salarial do governo Lula (PT) também foi recusada. A paralisação do setor vai ocorrer em 31 de julho e 1º agosto

atualizado

Compartilhar notícia

Douglas Neris/Bancillon Comunicações
Imagem colorida de servidores durante protesto - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de servidores durante protesto - Metrópoles - Foto: Douglas Neris/Bancillon Comunicações

O Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências) recusou, em assembleia realizada na noite dessa segunda-feira (22/7), a nova proposta de reajuste salarial do governo Lula (PT), e ainda decidiu iniciar uma greve de 48 horas.

Com 99% de rejeição, os servidores decidiram recusar a proposta apresentada pelo governo na 4ª reunião da Mesa de Regulação, por entenderem que os percentuais oferecidos “não contemplam as condições mínimas necessárias para valorização da categoria”.

O governo federal propôs reajuste de até 21,4%, para os cargos de carreira, e de até 13,4%, para servidores no Plano Especial de Cargos (PEC). O repasse seria feito em duas parcelas: uma em janeiro de 2025 e outra em abril de 2026, de acordo com o Sinagências.

Greve nacional aprovada por 92% dos servidores

Na mesma assembleia, 92% dos servidores aprovaram a convocação de uma greve geral da categoria por um período de 48 horas, em 31 de julho e 1º de agosto. No total, 11 agências devem participar da paralisação.

“Servidores de todas as 11 agências reguladoras deverão interromper a prestação de serviços importantes para o funcionamento da economia, como o controle e a fiscalização em portos, aeroportos, o abastecimento de energia elétrica e água, bem como demais serviços regulados e fiscalizados pelas agências reguladoras”, destacou, em nota, o Sinagências.

O sindicato representa os servidores das seguintes agências:

  • Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (Ana);
  • Agência Nacional de Aviação Civil (Anac);
  • Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel);
  • Agência Nacional de Mineração (ANM);
  • Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS);
  • Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel);
  • Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq);
  • Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT);
  • Agência Nacional do Cinema (Ancine);
  • Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil (ANP); e
  • Agência Nacional Vigilância Sanitária (Anvisa).

“Com todos os atos, os servidores esperam chamar a atenção da sociedade para a necessidade de valorização da Regulação no país, além de pressionar o governo a equiparar as carreiras das agências com as do Ciclo de Gestão”, reforçou o sindicato.

Paralisação pode impactar na arrecadação de 2024

Juntas, as 11 agências regulam 60% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. Uma eventual greve de servidores de agências reguladoras ainda pode impactar a arrecadação federal de 2024.

Em 2023, as agências arrecadaram R$ 87,6 bilhões. Para este ano, a previsão é que as receitas ultrapassem R$ 100 bilhões. A arrecadação de todas as agências reguladoras, somada, só é menor que a da Receita Federal.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?