Servidores da Anvisa repudiam ameaças devido à vacinação de crianças
Para a Univisa, as ameaças de morte são tentativa de intimidação a fim de interferir na decisão dos diretores sobre a vacina contra Covid
atualizado
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A Associação de Servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Univisa) repudiou as ameaças de morte sofridas por diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), após pedido da Pfizer para o uso da vacina contra Covid-19 em crianças com idades entre 5 e 11 anos no Brasil.
A Univisa acredita que essa é uma tentativa de coagir os diretores. “A tentativa de intimidação busca direcionar a decisão que o corpo de dirigentes da agência deve tomar acerca da autorização emergencial para o uso de vacinas contra a Covid-19, em crianças de 5 a 11 anos.”
Para a associação, embora as ameaças sejam manifestações individuais, o fato preocupa por não ser isolado. “Trata-se de exemplo que demonstra o que ocorre quando a circulação de notícias falsas, o negacionismo científico e o discurso de ódio são levados às últimas consequências. Ao longo da história, quando o fanatismo e o extremismo são incentivados e encontram solo fértil nas sociedades, o resultado é sempre de terror e retrocesso”, diz nota da Univisa publicada nas redes sociais.
Ameaças
Dois dias após a Pfizer informar que pedirá autorização à Anvisa para o uso da vacina contra Covid-19 em crianças com idades entre 5 e 11 anos, os cinco diretores da agência receberam ameaças de morte.
De acordo com informações da própria autarquia, os gestores foram ameaçados por e-mail. “Eles receberam, nesta quinta-feira (28/10), às 8h31, correspondência eletrônica com ameaças de morte na hipótese de eventual aprovação pela Anvisa de vacinas para crianças entre 5 a 11 anos”, informou a agência, em nota.
Além dos diretores, constam como alvos das citadas ameaças de morte instituições escolares do estado do Paraná.