Servidor público intimida ex por mensagens e afirma: “Odeio mulheres”
Após ter as mensagens expostas na internet, Hiago Lira afirma ter comportamento agressivo diagnosticado
atualizado
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Hiago Ramon Lira, de 26 anos, é servidor público do setor administrativo da UPA Franco Silva, situada em Rio Branco, no Acre, e se envolveu em uma polêmica nas redes sociais desde a tarde de quarta-feira (19/5).
Após uma troca de mensagens com uma ex ter sido exposta na internet, em que aparece atacando-a verbalmente, o servidor assumiu para o portal AC24horas que tem problemas em se relacionar com mulheres. Além disso, admitiu odiar o sexo feminino, principalmente para relacionamentos amorosos, nas palavras dele.
Hiago atua diretamente com mulheres em seu ambiente de trabalho e, depois de ter sido exposto por uma amiga da moça que recebeu as mensagens, outra suposta vítima reclamou do comportamento do servidor.
“Me mandaram o @ do menino e é exatamente a mesma pessoa que estudou cmg e criou um Ike pra dar em cima de mim duas vezes. Na primeira usou até de ameaça, dizendo que sabia informações minhas e dos meus pais, endereço… Depois criou outro e foi o único que eu achei prints ainda”, relatou a jovem no post.
O caso começou quando a amiga da ex de Hiago decidiu colocar na internet as mensagens que ele mandava, a fim de expor a maneira que a amiga era tratada. “Eu só trato as mulheres bem enquanto elas fizerem o que eu gosto”, escreveu o rapaz. Ele ainda chamou a ex de privilegiada, por ter saído com ele “só pra conversar”.
Outros amigos da mulher falaram que Hiago diz ser estudante de medicina, apesar de não estar fazendo o curso. Em uma das mensagens, entretanto, o servidor chega a afirmar que será médico e se casará com uma médica ou com “alguma mulher do meu patamar financeiro”.
Quando descobriu que tinha sido exposto nas redes sociais, ele deixou uma mensagem para a amiga que fez a postagem: “Sou eu. Precisa botar o nome não. E eu ainda peguei leve com ela”, afirmou.
Procurado pelo portal AC24horas, Hiago confirmou a veracidade das mensagens, revelou não estudar medicina e possuir laudo médico atestando ser autista. “Essa garota é minha ex ficante. Ela entrou em contato comigo pelo WhatsApp pedindo desculpas e etc. (…) Ela me bloqueou, eu bloqueei ela”, conta Lira.
Ao ser questionado sobre seu comportamento, o servidor diz que odeia mulheres, “principalmente para relacionamento conjugal”. Entretanto, relata que ser agressivo faz parte do seu comportamento e que nunca foi condenado por nada em seu trabalho. “Sou inimputável”, afirma ele.
Trabalho e família
O portal também procurou a diretora da UPA em que Hiago trabalha, Michela Lemos. A supervisora se revelou perplexa com as palavras usadas por Lira.
“É um menino que nunca nos deu problema de forma alguma”, afirma. Além disso, não comentou o fato de ele ter laudo médico atestando ser autista ou sobre a vida pessoal do servidor.
A mãe de Hiago, dona Juceli, informou o portal AC24horas que o filho é concursado da saúde e que não conquistou vaga no serviço público por meio de cota para deficiente. A mãe afirmou que o filho é autista e se encontra em crise. Ainda responsabilizou o portal e a moça agredida verbalmente, caso aconteça alguma coisa mais grave com o filho.
