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Servidor público desenvolvedor do Projudi ganha prêmio nacional

Servidor Leandro Lira representa Brasília no Prêmio nacional por inovar na área jurídica com o Projudi, desenvolvido durante o TCC

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Servidor Leandro Lira é o único vencedor em Brasília do Prêmio Espírito Público - Metrópoles
1 de 1 Servidor Leandro Lira é o único vencedor em Brasília do Prêmio Espírito Público - Metrópoles - Foto: Arquivo pessoal

Único vencedor da edição do Prêmio Espírito Público 2022 em Brasília, o servidor público Leandro Lira, 41 anos, destacou-se ao desenvolver o Processo Judicial digital (Projudi), software de tramitação de processos judiciais do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Inicialmente, o sistema foi implantado na Paraíba. Dois anos depois, o software foi ampliado em larga escala no país, decisão de Ellen Gracie, à época ministra do Supremo Tribunal Federal (STF). São quase 17 anos em Brasília. Para Leandro, o crescimento do Projudi deu-se graças ao apoio de autoridades.

O servidor conta com diversas formações. Entre elas, a graduação em ciências da computação pela Universidade Federal de Campina Grande-PB (UFCG), e em direito pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), e mestrado em ciência de dados pela Universidade do Porto (UP-Portugal).

Desde cedo, o filho caçula de uma família de seis, investiu na educação. Mas, a trajetória foi desafiadora. Em plenos 22 anos, o natural de Campo Grande (PB) encarou o desafio de cursar duas graduações simultaneamente.

Ele optou por estudar direito e ciência da computação. A primeira opção surgiu por admirar a possibilidade de defender pessoas “mais do que pelo aspecto financeiro”. Além disso, acompanhar de perto a qualificação de duas irmãs em ciência da computação despertou o interesse na área, na qual enxergou infinitas possibilidades.

O sistema Projudi nasceu por não concordar com a “forma arcaica” usada no sistema judicial brasileiro, no qual priorizava o papel. “Foi na disciplina de informática jurídica, ministrada pelo juiz Antônio Silveira Neto, que percebi que poderia inovar”, afirma.

Para ele, a capacidade tecnológica da época permitia otimizar os processos e dar transparência às tramitações. Em 2003, o sistema começou a ganhar forma com o apoio do professor e um colega de ciências da computação.

Em ambas graduações, o Projudi foi o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), que sempre tentou unir a tecnologia com o direito. E, além da programação, o maior desafio foi quebrar as barreiras culturais presentes na área. “Precisamos romper barreiras, apresentar algo inovador e convencer as pessoas disso. Construímos o Projudi de forma bem heroica”, afirma.

Leandro destaca o ganho significativo no tempo de tramitação dos processos e como o sistema conseguiu eliminar o uso do papel, tornando a prática sustentável.

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